Pegadas sutis
A acalentada figura da sombra vista ao relance de nossos enfoques
Soluciona a plena forma abstrata da luz
Cor, brilho, prisma,
Pretensiosamente afortunam o baú de dourados tesouros.
Aonde vai a queda?
Por quem choram os orvalhos que desenham caminhos?
Por que silenciar o grito pleno?
Que a ventania seja o sopro do amor alheio,
Praticidade, amálgama das cruzes instaladas em nosso âmago.
Cerne, durame, medula,
Forma fixa de fim e inicio sem que o centro seja encontrado.
Aonde vai a queda?
Por quem choram os orvalhos que desenham caminhos?
Por que silenciar o grito pleno?
Por horas o restolho parece ser a fatia maior.
Historia perde sua síntese,
Reconto, factóide, crônica,
A mais tensa reticência provoca arrepio.
Olhos porcos, olho os porcos,
Corpos nus em meio à sina dos sinais da vida
Nos corpos meio que sinalizados pela morte
Por nublagens que nos provoquem a formula do desejo.
Aonde vai a queda?
Por quem choram os orvalhos que desenham caminhos?
Por que silenciar o grito pleno?
A procedência dos passos libera o futuro.
Fruto se abre ao sol que aquece a fina camada de desespero.
Forja, criação, molde,
Concessão da letra fresca no papel.
Aonde vai a queda?
Por quem choram os orvalhos que desenham caminhos?
Por que silenciar o grito pleno?
Pela presunção do piso arrancado sob o pé
Crava-se o prego de idéias sem alvo próprio.
Palavra, verbo, método,
Tudo ao redor gira em torno de si mesmo.
O infinito é linear sob todos os aspectos preliminares.
Precisão salva o literal direito da saída.
Argumento, ponto, fim
Ao simulacro visionário da constante tendência de se anular
O crivo se espalha
O crime se atreve
A bala se abala
E o nada é o que fere
Aonde vai a queda?
Por quem choram os orvalhos que desenham caminhos?
Por que silenciar o grito pleno?
Cor, brilho, prisma.
…Queda?
Cerne, durame, medula.
…Queda?
Reconto, factóide, crônica.
…Queda?
Palavra, verbo, método.
…Queda?
Argumento, ponto, fim.