É amanhã: A Festa de Encerramento do Concurso de Contos de Terror do Riva

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Os contos foram realizados pelos alunos, a votação aconteceu e a eleição termina hoje. Amanhã, será a festa de Halloween que celebra o término do projeto dos contos de terror na EMEF Professor Rivadavia Marques Junior e todos da escola, em todos os horários, estão participando.

O número de acessos no blog foi incrível e os locais de onde saíram esses acessos também. Há gente dos EUA, do Canadá, da Holanda, de Portugal, de países que eu nem imaginava que pudessem ter gente lendo em português um blog feito para alunos de uma escola da cidade de São Paulo.

A gratificação é maior por que as pessoas têm elogiado bastante a qualidade dos textos e isso já é um prêmio para os alunos que participaram do concurso.

Quanto à festa do Halloween, todos os alunos em todos os turnos de funcionamento da escola (manhã, intermediário e vespertino) têm auxiliado na preparação do evento. São bexigas, enfeites, máscaras, fantasias, entre outras coisas, que ajudam a promover a festa e vão fazer a alegria dos monstrinhos, fantasmas, bruxas e zumbis que irão comparecer amanhã ao nosso projeto.

Mais uma vez quero deixar meu agradecimento a todos os professores, funcionários, à gestão da escola e às coordenadoras da unidade escolar que contribuíram da forma que foi possível para que tudo isso acontecesse e, principalmente aos alunos que tornaram factível tão atividade. Em breve, muitas fotos e vídeos do evento.

Lou Reed: Perde-se um gênio da música, ganha-se um mito para todo o sempre

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David Bowie disse: “Ele era um mestre”;

John Cale falou emocionado: “O mundo perdeu um ótimo compositor e poeta… eu perdi meu ‘amigo de escola’”;

Aqui no Brasil, André Barcinski cravou: “O rock, como nós o conhecemos, não existiria se não fosse por Lou Reed”;

Iggy Pop não se conteve: “Notícia devastadora”;

Na página do The Who a frase era perfeita: “Descanse em paz, Lou Reed. Walk on the peaceful side [Ande pelo lado da paz, referência à música ‘Walk on the wild side’]”.

Salman Rushdie parafraseou: “Meu amigo Lou Reed chegou ao fim de sua canção. Muito triste. Mas, ei, Lou, sempre ande pelo lado escuro (referência à música “Walk on the wild side”). Sempre um dia perfeito (referência à música “Perfect day”)”

O médico de Lou Reed disse que ele morreu serenamente. A notícia havia sido divulgada inicialmente pela revista “Rolling Stone”. O médico Charles Miller, da Cleveland Clinic, em Ohio, disse ao jornal “New York Times” que Reed decidiu voltar da clínica para Nova York depois que os médicos disseram que a doença no fígado não poderia ser tratada.

“Ele morreu em paz, com seus amados em volta dele”, disse o médico. “Fizemos realmente tudo o que podíamos. Ele realmente queria estar em casa”. Charles Miller também disse que o músico “lutou até o fim”. “Ele fazia exercícios de Tai Chi uma hora antes de morrer, tentando se manter forte”.

Há alguns meses, Lou havia dito que se sentia “uma vitória da medicina, da física e da química modernas”, depois do transplante de fígado a que foi submetido. “Estou maior e mais forte que nunca”, declarou.

Cantor, compositor, multi-instrumentista, escritor, roteirista, ator, agitador cultural e precursor do Rock em Nova Iorque, além de criador do Velvet Underground, Lou Reed era mais do que isso.

Capa de álbum do Velvet Underground & Nico
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Sempre envolvido com a música, de alguma forma o cara se metia em atividades dessa natureza.

A lista de parcerias era enorme e nunca parava de crescer: Desde John Cale e sua primeira banda em estúdio The Primitives, passando pelos outros integrantes do Velvet, além de Paul Simon, Andy Warhol, Christa Päffgen (a famosa Nico), David Bowie, Mick Ronson, The Killers e Metallica. Há inúmeros outros que de alguma forma tiveram trabalhos com o cantor.

Amante de jazz, Lou Reed gostava do ar nova-iorquino e da agitação multicultural que existia na cidade.

Infelizmente, ele nos deixou ontem, mas sua contribuição para o mundo das artes ~e tão grande que não há palavras ou frases que possam traduzir o quanto fará falta.

Como eu disse ontem no Facebook e no Twitter, eu só havia sentido um susto assim com George Harrison. Mesmo sabendo que estava doente, o fato de ter sido submetido a um transplante em julho fez que eu achasse que a coisa estava resolvida.

Perde-se um gênio da música, ganha-se um mito para todo o sempre.

Abaixo, um pouco de Lou, no palco:

Sweet Jane

Dirty Boulevard

Perfect Day

Leminski merecia esse livro

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Paulo Leminski Filho (Curitiba, 24 de agosto de 1944 — Curitiba, 7 de junho de 1989) foi de tudo em sua passagem pelo planeta Terra. Desde escritor, poeta, crítico literário, tradutor e professor brasileiro até faixa-preta de judô e estudioso da cultura e língua japonesa.

“Toda Poesia” (Paulo Leminski – Companhia das Letras) é uma possibilidade para os leitores de primeira viagem de entrar no mundo moldado e engendrado de forma tão poética pelo artista curitibano.

É neste livro que o leitor menos avisado sobre o que é Leminski saberá que a forma e o corpo do texto do autor têm a fragilidade de uma canção e a força de um discurso. É por meio desta coletânea que o conhecimento sobre o poeta se tornará possibilidade de novos voos pela sua profícua carreira de letrista da MPB.

Paulo Leminski foi corajoso o bastante para se equilibrar entre duas enormes construções que rivalizavam na década de 1970, quando publicava seus primeiros versos: a poesia concreta, de feição mais erudita e superinformada, e a lírica que florescia entre os jovens de vinte e poucos anos da chamada “geração mimeógrafo”.

Desta maneira, ao tentar se equilibrar entre a rigidez da construção formal e o mais genuíno coloquialismo, o autor praticou poesia escrita com originalidade.

Capa do Livro “Toda Poesia” de Paulo Leminski
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Além disso, Paulo Leminski era muito bem informado quanto ao que se produzia fora e dentro do país. Daí sua facilidade em improvisar sem se tornar demasiadamente fora do eixo do que acontecia ao seu redor.

O escritor teve carreira curta e meteórica no que diz respeito ao produto executado por ele, mas entre sua estreia na poesia, em 1976, e sua morte, em 1989, antes ainda de completar 45 anos, Leminski teve tempo de mostrar um discurso próprio de assinatura individual. Sua linha tênue que perpassa o erudito e o pop se condensa em viagem ao imaginário da música e da escrita realizados na época. Há uma série de artistas de seu tempo que podem provar tal situação (Caetano Veloso, José Miguel Wisnik, Itamar Assumpção, Arnaldo Antunes, entre outros, que o digam).

Poesia de Paulo Leminski
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Este volume “Toda Poesia”, portanto, caminha na estrada de sua trajetória poética com astúcia e esmero.

Alguns dos livros que hoje são definitivos clássicos de Leminski, como “Distraídos Venceremos” e “La Vie En Close”, além de raridades como “Quarenta Clics em Curitiba”, além de versos já fora de catálogo, estão agora disponíveis aos leitores, que poderão se deliciar com os escritos do Rimbaud Curitibano aproveitando o capricho gráfico com que foi feito o livro.

Lady Gaga de bigode (ah, e com álbum novo)

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Tal qual um Salvador Dali da música pop atual, a cantora americana apresentou nesta quinta-feira (24) o novo álbum “Artpop” na casa noturna Berghain, em Berlim, na Alemanha.

O visual era acompanhado por uma lingerie, com cinta-liga, e um casaco de pele.

Com lançamento previsto para 8 de novembro, “Artpop” traz na capa uma escultura de Lady Gaga seminua, segurando os seios, feita pelo artista norte-americano Jeff Koons. O primeiro single do disco, “Applause”, foi lançado no dia 12 de agosto e apresentado no MTV VMA.

Veja a apresentação abaixo:

Daqui uns dias sai coisa nova do Flaming Lips. Vai perder?

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O doido-varrido-indie-gente-finíssima Wayne Coyne conitnua o mesmo (se é que podemos dizer que ele é assim).

Ele e seu Flaming Lips lançam, nos primeiros dias de novembro, novo trabalho e nova turnê. O novo trampo é meio conceitual e a turnê pode rolar até por aqui. Por que não?

A turma de Coyne intitulou o EP de “Peace Sword (Open Your Heart)”, e este surgiu a partir de uma faixa que a banda gravou para o filme sci-fi “Ender’s Game”.

Coyne, que se envolveu bastante com o projeto, resolveu seguir a linha ficcional para colocar no EP. O resultado é aquela mesma com climão que tem aparecido nos últimos álbuns dos lábios flamejantes.

Ao todo são seis faixas que foram divulgadas ontem por diferentes canais na internet e que estão ecoando por aí aos poucos.

O EP, bonitinho, em loja, para comprar, sai dia 29 de novembro.

Abaixo, seguem as faixas do trabalho:

“Assassin Beetle – The Dream Is Ending”
“Peace Sword (Open Your Heart)”
“Wolf Children”
“Is The Black At The End Good”
“Think Like A Machine, Not A Boy”
“If They Move, Shoot ‘Em”

Festa de Halloween no Riva

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Os preparativos já estão sendo realizados. Os ensaios estão acontecendo. Os alunos estão alvoraçados!!!

A festa de Halloween do Riva acontece semana que vem no dia 31 de outubro.

De acordo com informações da própria direção da escola, o evento terá um horário único, sendo das 8h às 12h.

Se ainda há alguém com ideia de apresentar alguma atividade com a temática do dia das bruxas faça contato com o blog ou com o professor Dhiancarlo na sala de leitura.

Quanto ao concurso de contos de terror, a votação via internet acontecerá aqui no blog até dia 30 de outubro.

Haverá ainda, um dia de votação na própria escola através de cédulas de papel que serão somadas à votação existente na internet e fará com que haja o resultado final da peleja.

Os prêmios serão entregues aos ganhadores no dia 29 de novembro durante o II Show de Talentos do Riva.

Até lá, e muitos sustos até o dia de nossa festa de Halloween.

Tudo começa com a fábula

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Quando a criança aprende a ler e a escrever as primeiras estórias contadas pela professora são as fábulas.

A ideia é simples: são contos rápidos, as ações acontecem num curto espaço e tempo e há ainda a participação de animais falantes explicando lições ao final de cada situação.

Ora, é por causa de Esopo que a maioria das fábulas que conhecemos hoje nos são transmitidas. Algumas tiveram-no como escritor, outras foram recolhidas por ele no folclore dos povos antigos da Grécia.

O fato é que as fábulas são muito importantes para a evolução moral e psicológica das crianças.

Por conta disso, a editora Cosac Naify apresenta esse “Esopo – Fábulas Completas”, composto por 383 fábulas atribuídas a Esopo traduzidas diretamente do grego por Maria Celeste C. Dezzotti, professora da Unesp, que propôs uma maneira completamente original de organizar a obra.

O processo consiste em utilizar como fontes a compilação que fora realizada pelo editor Émilie Chambry lá atrás – tida como referência – e acrescentar a do também editor Ben Perry, mais atual e completa que a anterior.

Desta maneira, somam-se 26 fábulas ao corpo de texto que é normalmente usado.

Outra novidade proposta pela tradutora é a disposição da moral, que vem separada da narrativa para deixar claro o seu caráter de argumentação. Nesse sentido ela se separa de uma dita conduta ou comportamento, como se convencionou atribuir às fábulas.

Além da parte editorial há também um trabalho gráfico e imagético do jovem artista Eduardo Berliner para também renovar a interpretação pictórica das fábulas, dispostas nesta edição em ordem alfabética, algo que salienta bem a evolução dos textos.

Ao incorporar a ideia de que os textos trazem animais metaforizando homens, Berliner misturou partes dos corpos de animais e de humanos, em situações tão irônicas e perturbadoras quanto as narradas no texto.

Os desenhos são todos em nanquim preto, dividindo espaços com as fábulas impressas em vermelho, dispostas cada uma em uma página, como se a proposta fosse oferecer ao leitor um texto por dia.

Portanto, esse é um trabalho, como podemos ver, de excelência para uma obra que merecia tal disposição. Esse conceito é reforçado pelo tamanho do livro, de proporções pequenas e confortáveis para a leitura.

Dessa forma, a experiência de quem lê o livro é de uma releitura das fábulas gregas e, ao mesmo tempo, uma referência acadêmica e uma ótima porta de entrada a conhecer a riqueza dessas personagens tão conhecidas do autor.

Livro aborda a liberdade nos países islâmicos

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O livro “Eu Sou Malala” (Malala Yousafzai e Cristina Lamb – Companhia das Letras) aborda como é difícil ser mulher e ter liberdade em alguns países islâmicos.

Quando o Talibã tomou controle do vale do Swat, Malala Yousafzai recusou-se a permanecer em silêncio e lutou pelo seu direito à educação. Mas em 9 de outubro de 2012, uma terça-feira, ela quase pagou o preço com a vida.

Malala foi atingida na cabeça por um tiro à queima-roupa dentro do ônibus no qual voltava da escola. Poucos acreditaram que ela sobreviveria. Mas a recuperação milagrosa de Malala a levou em uma viagem extraordinária de um vale remoto no norte do Paquistão para as salas das Nações Unidas em Nova York.´

A menina do interior do Paquistão se tornou um símbolo global de protesto pacífico num local onde a violência pode ser explícita ou internalizada, depende da ocasião, mas existe e é grande demais.

Além disso, ela é a candidata mais jovem da história a receber o Prêmio Nobel da Paz. “Eu Sou Malala” é a história de uma família exilada pelo terrorismo internacionalizado, da luta pelo direito à educação feminina e dos obstáculos à valorização da mulher em uma sociedade que valoriza filhos homens.

O livro acompanha a infância da garota, seus primeiros anos de vida escolar, as agruras da vida numa região marcada pela desigualdade social, as belezas do deserto e as trevas da vida sob o Talibã.

O livro foi escrito a quatro mãos com a jornalista britânica Christina Lamb, e se torna uma janela para a singularidade poderosa de uma menina cheia de brio e talento, mas também para um universo religioso e cultural cheio de interdições e particularidades, muitas vezes incompreendido e pouco estudado pelo Ocidente.

Leitura obrigatória para quem ainda quer entender o que é liberdade e a importância de se tê-la para ter uma vida plena.

Ser ateu nos países nórdicos é normal (e o que a música tem a ver com isso)

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A última grande pesquisa no mundo sobre religiões e as estatísticas acerca de seus adeptos foi em 2007. Neste estudo, o sociólogo norte-americano Phil Zuckerman mediu taxas e padrões contemporâneos no segmento das crenças e uma informação que chamou à atenção foi a grande quantidade de ateus, agnósticos e não-crentes em Deus na região nórdica (Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Islândia).

Para se ter uma ideia, nessa pesquisa de Zuckerman, o ranking dos dez países com maior proporcionalidade de ateus no mundo tem quatro desses países (sendo a Suécia, a primeira colocada com 85% da população sem nenhuma crença).

Neste rol de países nórdicos somente a Islândia não possui um número considerável de ateus, pois a maioria absoluta de seus habitantes pertence à Igreja Luterana.

Todos os outros países têm uma média acima de 60% da população sem nenhuma crença e sem nenhuma preocupação com questões religiosas ou com alguma crença dessa natureza.

Ranking dos países com maior quantidade de ateus

Suécia (1º): 85%
Dinamarca (3º): 85%
Noruega (4º): 72%
Finlândia (8º): 60%

Fontes: Pesquisas de Phil Zuckerman (2007), Richard Lynn (2008) e Elaine Howard Ecklund (2010), ONU, adherents.com, American ReligiousIdentification Survey, The Pew Research Center, Gallup Poll, The New York Times, Good, Nature, Live Science e Discovery Magazine.

Nestes países, e até na Islândia, se cultua muito a cultura escandinava e os mitos e lendas vikings, com suas sagas e Eddas (poemas inspirados nas aventuras dos povos daquela região), mas mesmo com o respeito a essa tradição politeísta não há nada que os faça seguir os deuses nórdicos de uma maneira dogmática. O empenho desses povos é em manter acesa tal cultura sem que sejam determinadas crenças específicas para venerar algum deus.

Isso tem alguma explicação (ou muita) na história de exploração do Império Romano naquela região, que ao tomar as terras das cidades nórdicas, proibiam a prática de qualquer atividade de suas tradições e enfiavam goela abaixo o cristianismo como salvação a eles.

Mitos, lendas e procedimentos sagrados eram terminantemente excluídos da vida cotidiana de pessoas que, apesar de não ter uma organização linguística rica, possuía uma hierarquia social e familiar que funcionava bem, uma vocação para a guerra enorme e um rico panteão de personagens em seu folclore.

Até mesmo árvores que eram consideradas importantes em seus rituais de adoração a Odin, Thor, Freya, entre outros deuses, eram cortadas para que não houvesse a possibilidade de peregrinação dos povos nórdicos, principalmente no século XI, época da ocupação romana mais intensa.

Representação de Odin
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Um povo detentor de uma cultura e de uma cosmologia tão variada e bem definida com histórias interessantes sobre a criação do universo, das coisas, dos homens e da natureza, foi podado de pratica-la em detrimento de uma religião em que somente há salvação se for seguido um único deus. É claro a visualização de um crença forçada não faria a cabeça dessas pessoas, portanto o interesse pela religião dos romanos não vingou e seu acompanhamento nunca foi levado a sério.

Mas a cultura nórdica, escandinava, viking, nunca ficou de fora da vida desses países, e reviver seu folclore tem papel preponderante nesse processo de divulgação dessa cultura que nunca morreu e que toma nova força nos dias atuais.

Os poemas épicos sobre a conquista de terras distantes pelos povos nórdicos, a narração das viagens impressionantes realizadas por esses guerreiros e as batalhas pelo poder proporcionadas pelos deuses ajudaram os jovens dos tempos modernos a viajar na história. Nisso, o papel não só da literatura, mas também do teatro, do cinema e principalmente da música, são preponderantes para prosseguir acesa a chama da cultura nórdica.

Representação de guerreiro Viking
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As bandas de rock na Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia são das mais variadas e os temas abordados pelas letras também.

Numa outra pesquisa realizada via internet em 2012 pelo site Metal Archives (www.metalarchives.com/browse/country) destacou que há uma predominância do estilo Heavy Metal em países nórdicos, nos quais são atingidos picos de até 53 bandas de metal a cada 100.000 pessoas. Os países ganhadores são Noruega, Suécia, Finlândia e Islândia.

A maioria das bandas nesses locais utiliza temas satânicos ou mitológicos em suas letras, faz som extremo ou combina metal com elementos de folk e música clássica. Em sua maioria, são grupos compostos por pessoas de formação musical profunda, estudiosos dos temas que se propõem a discutir em suas músicas e que usam corais operísticos na composição de suas peças.

Aliás, muitos deles promovem um clima teatral às suas apresentações e não é difícil encontrar álbuns temáticos e conceituais sobre a cultura viking ou a respeito da eterna luta entre o bem o mal.

Essa forma de utilizar os contrapontos entre o bem e o mal, entre o amor e o ódio, entre as trevas e as luzes faz com que, invariavelmente, os grupos também sejam rotulados estilisticamente como góticos, o que não pode ser descartado tanto na maneira como são confeccionadas as letras como também os usos e costumes de seus integrantes.

A própria temática satânica, é importante salientar, só pode ser algo comum, pelo fato de a maioria da população desses países não ter nenhuma predisposição religiosa. Portanto, veem a música com esse assunto da forma como deve ser vista, apenas como uma expressão de arte e nunca uma tendência de pensamento. Da mesma maneira que uma banda norueguesa fala das andanças de Lucifer pelo mundo também grita lamurias a Deus em outras canções.

A religião é um tema, assim como o são a política, o preconceito, a morte, a vida, enfim, tudo aquilo que qualquer pessoa poderia abordar em qualquer música de qualquer estilo.

Abaixo, listei algumas bandas de Viking Metal, Indie Folk, Folk Metal, Metal Sinfônico, Black Metal e Gothic Metal que povoam o imaginário nórdico e que possuem certo renome também fora daquelas fronteiras gélidas do Atlântico Norte.

Dimmu Borgir (The Sacrilegious Scorn) – Noruega

Bathory (The Foreverdark Woods)- Suécia

Korpiklaani (Rauta) – Finlândia

Nightwish (The Islander) – Finlândia

Amon Amarth (Guardians of Asgaard) – Suécia

Of Monsters and Men (King and Lionheart) – Islândia

Mercyful Fate (Witches Dance) – Dinamarca

Burzum (Dunkelhein) – Noruega

Severed Crotch (Spawn of Disgust) – Islândia

Helheim (Dualitet og Ulver) – Noruega

Halloween – A Origem

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O Dia das Bruxas (Halloween é o nome original na língua inglesa) é um evento tradicional e cultural, que ocorre nos países anglo-saxônicos, com especial relevância nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido, tendo como base e origem as celebrações dos antigos povos, sendo que não há, ao certo, referências precisas de onde surgiram essas celebrações.

Desde a Antiguidade, observamos que várias festividades populares eram cercadas pela valorização dos opostos que regem o mundo. Um dos mais claros exemplos disso ocorre com relação ao carnaval, que antecede toda a resignação da quaresma. No caso do Halloween, desde muito tempo, a festividade acontece um dia antes da “festa de todos os santos” e, por isso, tem seu nome inspirado na expressão “All hallow’s eve”, que significa a “véspera de todos os santos”.

Estranhamente, em declaração feita no ano de 2009, o Vaticano condenou o Halloween como uma festa perigosa carregada por vários elementos anticristãos. No Brasil, observamos que algumas pessoas torcem o nariz para a comemoração do evento por entendê-lo como uma manifestação distante da nossa cultura. No fim das contas, muito se diz a respeito, mas poucos são aqueles que examinam minuciosamente os significados e origens de tal festividade.

Pelo fato do 1° de novembro estar cercado de um valor sagrado e extremamente positivo, os celtas, antigo povo que habitava as Ilhas Britânicas, acreditavam que o mundo seria ameaçado na véspera do evento pela ação de terríveis demônios e fantasmas.

Dessa forma, o “Halloween” nasce como uma preocupação simbólica na qual a festa, cercada por figuras estranhas e bizarras, teria o objetivo de afastar a influência dos maus espíritos que ameaçariam suas colheitas.

No processo de ocupação das terras europeias, os povos pagãos trouxeram esta influência cultural em pleno processo de disseminação do cristianismo. Portanto, é óbvio que a festa teve a incorporação dispositivos postos pela própria Igreja.

A tática de catequizar os povos pagãos mais uma vez era feita pelos sacerdotes cristãos. Dessa forma, os bárbaros convertidos se lembrariam da festa cristã que sucederia a antiga e já costumeira celebração do Halloween.

Por ter essa relação intrínseca ao mundo dos espíritos, o Halloween foi logo associado à figura das bruxas e feiticeiras. Na Idade Média, elas se tornaram ainda mais recorrentes na medida em que a Inquisição perseguiu e acusou várias pessoas de exercerem a bruxaria. Da mesma forma, os mortos também se tornaram comuns nesta celebração, por não mais pertencerem a essa mesma realidade etérea.

A Lenda de Jack

Dentre todos os mitos do Dia das Bruxas, destaca-se a antiga lenda de Stingy Jack. Segundo o mito irlandês, ele teria convidado o Diabo para beber com ele no dia do Halloween. Após se fartarem em bebida, o astuto Jack convenceu o Diabo a se transformar em uma moeda para que a conta do bar fosse paga.

Contudo, ao invés de saldar a dívida, Jack pregou a moeda em um crucifixo.
Para se livrar da prisão, o Diabo aceitou um acordo em que prometia nunca importunar Jack. Dessa forma, ele foi libertado e nunca mais importunou o homem. Entretanto, Jack morreu e não foi aceito nas portas do céu por ter realizado um trato com o demônio.

Ao descer para os infernos, também foi rejeitado pelo Diabo por conta do trato que possuíam. Vendo que Jack estava solitário e perdido, o demônio lhe entregou um nabo com carvão que lhe serviu de lanterna.

Ao chegarem à América do Norte, os irlandeses trouxeram a festa do Halloween para as Américas e transformaram a lanterna de Jack em uma abóbora iluminada com feições humanas.

Doces ou Travessuras

A brincadeira de “doces ou travessuras” é originária de um costume europeu do século IX, chamado de “souling” (almejar).

No dia 2 de novembro, Dia de Todas as Almas (ou Finados aqui no Brasil), os cristãos iam de vila em vila pedindo “soul cakes” (bolos de alma), que eram feitos de pequenos quadrados de pão com groselha.

Para cada bolo que ganhasse, a pessoa deveria fazer uma oração por um parente morto do doador.

Acreditava-se que as almas permaneciam no limbo por certo tempo após sua morte e que as orações ajudavam-na a ir para o céu.

Com o passar dos anos, esse costume foi transferido para dois dias antes (no Halloween) para que fosse o 2 de novembro fosse uma data mais introspectiva.