Sem ter um novo álbum de inéditas desde 2000 (quando lançou “Renegades”), o RATM só voltou em 2007 para uma apresentação especial no Coachella, mas em pedidos aqui e convites acolá a turnê comemorativa se alongou e, inclusive, passou pelo Brasil em 2010 para show no extinto SWU no interior de São Paulo.
Toda a empolgação que tal reunião causou aos fãs foi finalizada no dia 30 de Julho de 2011 quando comemoraram seus vinte anos de existência no festival L.A Rising. Quem ali estava presenciou a derradeira apresentação da banda.
De lá pra cá apenas em 2014 o baterista Brad Wilk chegou a comentar que a banda havia encerrado as atividades apos aquele histórico show na Califórnia e dois anos após essa declaração Tom Morello confirmou o fim definitivo da banda.
Com o projeto Prophets Of Rage (misto de RATM, Cypress Hill e Public Enemy) é sempre discutido por quem é do meio que dificilmente uma nova reunião seria muito complicada.
Tanto o próprio Morello quanto os outros integrantes Zack de la Rocha, Brad Wilk e Tim Commerford pouco falam sobre o assunto e, portanto, é considerado importante um de seus líderes ter qualquer fala sobre o assunto “proibido”.
Ontem, porém, durante o programa It’s Eletric na Beats 1 comandado por ninguém menos que Lars Ulrich, o guitarrista Tom Morello respondeu a perguntas sobre o tema: ” Zero Chance (sobre o fato de gravar de novo com a banda). Nos reunimos em 2007 e nos divertimos muito. (…) Compor novas músicas, dar entrevistas, tudo isso, nós decidimos que não faríamos nada. (…) Para isso afastamos tudo que causou controvérsia no passado.”
O guitarrista também ressaltou que não havia problemas entre os integrantes sobre questões políticas: ” Não concordávamos em muitas coisas, mas a política não era uma delas (…) e quando o assunto era nosso trabalho como ativistas sempre estivemos alinhados”.
Ok, a entrevista é um balde de água fria na intenção de vermos mais uma vez no palco a icônica banda, mas seus discos estão aí para celebrarmos e o Prophets Of Rage não pode ser relegado no que diz respeito ao legado das bandas que o moldaram e nem ao seu papel político.
Sigamos em frente!
E para quem tem saudade temos um trecho da apresentação do Rage Against The Machine em São Paulo em 2010 durante o SWU Festival: