O que é a morte de um ícone pop

 
 
"A morte muda tudo". A frase é do Dr House, mas poderia se adequar à morte de qualquer ídolo ou pessoa altamente conhecida. Não escrevo isso apenas por conta do falecimento precoce do "Rei do Pop" Micheal Jackson, mas também por saber que isso promove verdadeiros picaretas, sejam eles da política, do showbizz ou celebridades sem profissão ou cargo definido. Jackson foi um artista impressionante, daqueles que custam a nascer em nosso planeta, porém sua vida pessoal foi uma bagunça, para ficar no mínimo possível. Nada disso elimina sua genialidade e vice-versa, portanto, há de se ter discernimento para verificar o que era o artista, cantor, dançarino, figura midiática e o que foi a persona, com seus altos e baixos, excentricidades e suspiros divinos. Tudo isso para simplificar que a vida é uma para quem é mortal e outra para quem entra para a história.
 
Dhiancarlo Miranda

A forma como são tratadas as coisas

 
Nota do Blog:
 
O texto abaixo, que reproduzo integralmente, foi retirado do Blog do Juca (do jornalista Juca Kfouri) e foi escrito por Rodrigo Barros Oliveira. Na verdade, o que se tem de prestar atenção é na forma rápida e desproporcional com que veículos de imprensa, formadores de opinião e alguns gaiatos de plantão falam a respeito de assuntos extremamente sérios e difíceis de se compreender apenas com a versão de uma das partes envolvidas.
A ideia inicial de se promover um linchamento geral contra uma pessoa, que sequer foi ouvida, põe em xeque quem na verdade é o verdadeiro autor de racismo. A primeira ação num caso desses é ouvir as duas partes do caso: acusado e acusador. Após isso, como não temos advogados ou juristas de plantão nas redações e meios de comunicação em geral, há de ser feita uma consulta a quem é profissional gabaritado para o tema em questão. Parece muito fácil, mas nunca é efetuado por quem prefere a notícia espalhada aos quatro ventos com opiniões que, se não são indecorosas, também não soam como a mais pura expressão da realidade e da justiça.
O autor do erro deve ser apontado, questionado e, se comprovada a injúria, condenado, mas sempre pela maneira correta.
 
Dhiancarlo Miranda
 
 
Injúria, talvez, racismo, não!

Por RODRIGO BARROS OLIVEIRA 

Após mais um episódio de preconceito no meio esportivo, o caso da acusação feita por Elicarlos contra Maxi Lopes, vejo se repetirem os equívocos cometidos pelos veículos de informação na abordagem do assunto.  

Novamente a imprensa veicula a informação de maneira errada, sem esclarecer de maneira técnica o assunto. 

O crime cometido pelo jogador argentino, caso a alegação do jogador Elicarlos se confirme verdadeira, não é crime de racismo.

A conduta praticada pelo atacante Maxi Lopes configura sim crime de injúria qualificada, previsto no Código Penal.

O atleta ofendeu a dignidade do outro e de maneira alguma tal prática configura o crime de racismo.

Os crimes de racismo, previstos na Lei 7.716/89, são condutas muito diversas da praticada pelo jogador argentino.

Racismo é dar tratamento diverso a alguém em função de sua raça, cor, etnia, ou nacionalidade, em situações em que estes devam ser tratados igualmente aos outros.

O fato de o jogador brasileiro ter acusado erradamente o argentino não deveria ser seguido pela imprensa, que deveria sim informar corretamente, dizendo que NÃO SE TRATA DE RACISMO.

Logo, procedeu corretamente a delegada em não deter o argentino, já que a lei não prevê tal hipótese.

Além do mais ninguém deve ser preso, a princípio, antes de ser condenado.

Seria um absurdo deter o argentino com base na simples alegação de Elicarlos.

Se no "Caso Grafite" houve detenção, foi um ato arbitrário e, aí sim, RACISTA, por dar tratamento diverso do estipulado em lei pelo fato da sua nacionalidade argentina.

Resta a imprensa passar a cobrir tais fatos elucidando a verdade e esclarecendo a todos de maneira a evitar esses desatinos e depoimentos lamentáveis, de pessoas totalmente leigas sobre o assunto.

Tem-se observado é que, nós, brasileiros, somos muito mais racistas com eles, os argentinos, nesses episódios, do que os comportamentos a eles atribuídos, muito embora sejam censuráveis.

Porque temos tratado esses casos com tremenda desproporção lhes atribuindo falsos crimes, além de tratamentos severos na condução dos agentes às delegacias coercitivamente após as partidas, algo que é indevido nos casos de ação penal privada como os crimes de injúria.


A briga pelo lugar de Lula

Do Blog do Fernando Rodrigues:
 
 
Uma pesquisa GPP realizada em todo o Brasil, de 11 a 14 de junho, com 2 mil entrevistas, revela que Dilma Roussef (PT) tem 29% contra 46% de José Serra (PSDB) quando entre os candidatos não está Ciro Gomes (PSB). O PT esperava que Dilma chegasse ao patamar dos 30% apenas no final deste ano.
Nesse mesmo cenário, quando se considera apenas a região Nordeste, Dilma marca 41,4% contra 37,6% de Serra.
Quando Ciro Gomes está entre os candidatos, o desempenho de Dilma é bem pior: Serra 42%, Dilma 17% e Ciro 16%. 
Ou seja, dá para entender claramente porque uma ala do PT faz tanta questão de empurrar Ciro para ser candidato ao governo de São Paulo –abandonando a disputa presidencial.
Tudo somado, esses números revelam que será muito competitiva a disputa para o Palácio do Planalto em 2010, com dois candidatos fortes pelo PT e pelo PSDB. Serra está relativamente estável no patamar dos 40%. E Dilma aparece sempre com uma curva ascendente a cada pesquisa.
O levantamento GPP foi divulgado hoje pelo ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM), em seu boletim diário divulgado por e-mail, o chamado “ex-blog”.
 
 
Nota do Blog:
 
O quadro torna-se acirrado para a disputa do ano que vem. Se Dilma tiver fôlego para uma eleição dura, com muitos percalços e complicadas alianças, pode se tornar uma peça importante para um PT que já vivia com saudades de Lula, antes mesmo de sua despedida do Planalto. A Serra, resta espera que a subida porcentual da atual ministra terá uma parada nos próximos meses. Caso haja um recúo, ótimo; caso contrário, terá de se manter alerta para não acontecer o que já houve com outros candidatos brasileiros, que por um ou por outro motivo passaram pela mesma situação de verificar todo seu favoritismo ser reduzido a pó quando da contagem dos votos.
 
Dhiancarlo Miranda

Telefonica usa possíveis “cortes” para pressionar justiça a liberar Speedy

Folha Online
 
 
Apesar da proibição da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), a Telefônica manteve ontem a venda do Speedy (acesso à internet em alta velocidade).
Só no final da tarde a empresa anunciou que a venda seria suspensa a partir da 0h desta terça-feira (23) nas centrais de atendimento –os demais meios de venda, a suspensão acontecerá "no menor prazo possível", segundo nota da empresa.
Inicialmente, a Telefônica alegou que a publicação da proibição no "Diário Oficial" da União de ontem não valia como notificação e que, por isso, as vendas estavam mantidas.
Em nota divulgada após as 18h30, a empresa informou que "tomou conhecimento (…) por meio de publicação no "Diário Oficial" da União, de despacho da Agência Nacional de Telecomunicações" e que solicitou acesso ao processo.
Segundo a nota, "por volta das 18h a Telefônica recebeu notificação da Anatel contendo o teor integral do despacho".
Até o início da tarde, a assessoria de imprensa da Anatel informava que bastava a publicação no "Diário Oficial" para que a empresa fosse notificada. Depois, a agência reguladora não respondeu se irá punir a empresa pelas vendas de ontem.
Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB-SP, José Eduardo Tavolieri de Oliveira disse que, se a decisão está no "Diário Oficial", "a parte está notificada".
A Telefônica pedirá a suspensão da medida. O Speedy tem atualmente 2,6 milhões de assinaturas e representa cerca de 30% do faturamento.
 
 
Em Brasília
 
Antônio Carlos Valente, presidente da Telefônica, disse que os problemas técnicos enfrentados pela empresa –quatro em menos de 12 meses, segundo ele– não justificam a suspensão da venda do Speedy.
Segundo Valente, o volume de tráfego de dados aumenta de maneira muito mais rápida do que o de novos usuários. Isso, segundo ele, acontece porque os usuários fazem uso cada vez mais intenso do sistema, baixando arquivos de som, vídeos, filmes, assistindo TV. "Ainda que a venda seja impedida, essa não é uma garantia de que alguma coisa vá melhorar", disse.
Valente esteve com o ministro Hélio Costa (Comunicações) e com Ronaldo Sardenberg, presidente da Anatel. Ele afirmou que a punição pode causar 20 mil demissões. "O grande prejuízo que nós vemos é em relação aos clientes do Estado de São Paulo, principalmente os que não têm outra opção [além da Telefônica] e estejam incluídos nas classes C e D", disse Valente.
Costa afirmou ser contra a decisão da Anatel de suspender a venda do Speedy. "Minha preocupação é com o usuário. Sou a favor de uma punição que atinja só a empresa. Sou a favor de uma multa", disse.
 
 
Nota do Blog:
 
Esse terrorismo criado pela Telefonica de dizer que efetuará "corte de funcionários" só depõe contra ela mesma. Não bastasse o fato de vender um produto ruim, cheio de problemas técnicos e de se mostrar incapacitada de resolvê-los, ainda posa de vítima por ter de reduzir o número de empregados
A empresa espanhola (que insiste em não ter o acento circunflexo) paga por seus erros e tão somente por eles. Dizer que tal questão a obriga a demitir promove uma sensação de pressão, para que primeiro se pense naqueles que perderão seus empregos. É triste ficarmos a mercê de tal situação,. Quem sabe isso não teria sido melhor resolvido se a concorrência tivesse ocorrido a mais tempo? 
Por incrível coincidência, a Telefonica começa a ter uma crise no exato instante que ao seu lado surgem outras empresas para melhor repartir este nicho de mercado voltado à internet. Coincidência mesmo? 
 
Dhiancarlo Miranda

Os segredos do Congresso

JC – Online (com Notícias do Estado Online)
 
 
A edição de atos secretos beneficiou ou obteve a chancela de pelo menos 37 senadores e 24 ex-parlamentares desde 1995. Não há distinção partidária – PT, DEM, PMDB, PSDB, PDT, PSB, PRB, PTB e PR têm representantes na lista. São senadores que aparecem como beneficiários de nomeações em seus gabinetes ou que assinaram atos secretos da Mesa Diretora criando cargos e privilégios. A existência de tantos nomes indica que a prática dos boletins reservados era bem conhecida.
Os nomes dos parlamentares surgiram nos atos publicados nos últimos 30 dias, mas com data da época a que se referem. A quantidade pode ser ainda maior, com a evolução das investigações na Casa. A Mesa Diretora receberá hoje o relatório final da comissão que descobriu cerca de 650 boletins secretos. O documento apontará indícios de sigilo intencional em boa parte dessas medidas.
A investigação revela que a prática de esconder decisões envolveu todos os presidentes e primeiros-secretários que passaram pelo Senado desde 1995. O corregedor Romeu Tuma (PTB-SP) aparece na relação. O atual primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), responsável pela comissão que levantou os atos, também está no grupo dos parlamentares com cargo na Mesa que referendaram parte dos atos secretos.
 
 
Nota do Blog:
 
A divulgação dos nomes das pessoas envolvidas nos chamados "atos secretos" e de seus conteúdos, faz com que se pergunte: serão apenas estes os nomes? E no passado, como isso era feito?
Se por um lado isso significa um avanço na política brasileira e na história da justiça nacional, por estarmos verificando os problemas no momento em que eles ocorrem, por outro lado, percebe-se que tudo isso é a ponta de Iceberg sujo, imundo, de proporções gigantescas, cujo qual ficou armazenado nas profundezas do Ártico, sem que ninguém pudesse vê-lo, até o dia em que começou a derreter.
 
Dhiancarlo Miranda

Descartada anulação de eleições no Irã

Em Teerã
 
 
 
O Conselho de Guardiães, órgão que deve validar as eleições no Irã, já descartou a anulação do pleito e anunciará amanhã o resultado da apuração aleatória de 10% das urnas da votação do dia 12 de junho.

Os três candidatos derrotados denunciaram supostas irregularidades em favor do vencedor, o ultraconservador presidente Mahmoud Ahmadinejad, e solicitaram a recontagem dos votos.
Os Guardiães admitiram em parte estas irregularidades ao aceitar na segunda-feira que em pelo menos 50 cidades do país houve mais votos que pessoas recenseadas.
No entanto, já advertiram que nem a apuração aleatória nem o fato de que haja mais votos variará substancialmente o resultado eleitoral, e que em nenhum momento cogitaram a repetição do pleito.
"Se tivesse ocorrido uma grave ilegalidade nas eleições, o Conselho teria anulado os votos nas urnas, colégios, distritos ou cidades afetadas, como já fez em outras ocasiões em eleições parlamentares", disse o porta-voz do Conselho Ali Abbas Kadkhodaei.
"Mas felizmente, nestas eleições presidenciais não encontramos traços de fraude maciça. Não houve violações graves. Portanto, não há possibilidade de se anular o pleito", ressaltou.
Os resultados eleitorais terminaram de dividir o país e evidenciaram as graves dissidências que existem dentro da cúpula do poder.
Por causa do resultado das eleições, o Irã se tornou palco de protestos e de enfrentamentos, que até o momento custaram a vida de pelo menos 20 pessoas, segundo números oficiais.
 
 
Nota do Blog:
 
Isso só aumenta a sensação de quebra de confiança entre a população iraniana e os líderes religiosos, que por meio de decisões autoritárias, difundem uma gestão propensa a terminar com todos os direitos civís existentes no país. Qual a possibilidade, agora, de uma melhor negociação de paz com os EUA e Europa? Podemos ter o início de novo regime ditatorial e, ao mesmo tempo, agressivo com outras nações. A ONU e os países aliados devem ficar de olho naquele lugar, pois, além das perdas democráticas, há o risco de um processo de militarização perigoso, ainda mais com os testes já feitos no passado com armas de destruição em massa.
 
Dhiancarlo Miranda

Olha a marolinha aí

Agência BBC Brasil
 

Banco Mundial prevê queda de 1,1% no PIB brasileiro em 2009

 
 
 

A economia brasileira deverá encolher 1,1% neste ano, segundo uma nova previsão divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Mundial.
A organização reviu para baixo sua previsão para o Brasil para este ano. Em março, o Banco Mundial havia previsto um crescimento de 0,5%.
A projeção do banco Mundial contrasta com a do governo brasileiro. Em maio, o Ministério do Planejamento previu um crescimento de 1%.
A organização prevê uma recuperação do PIB do Brasil a partir do ano que vem, com um crescimento de 2,5% em 2010 e de 4,1% em 2011.
Segundo as previsões do Banco Mundial, a economia global deve cair 2,9% neste ano, com uma recuperação de 2% em 2010 e de 3,2% em 2011.
Relatório As previsões fazem parte do relatório Global Development Finance 2009, que adverte para uma queda acentuada nos fluxos de capital para os países em desenvolvimento neste ano.
Segundo o relatório, a escassez de crédito decorrente da crise financeira mundial deve fazer o fluxo líquido de capitais para os países em desenvolvimento cair a US$ 363 bilhões neste ano, após ter atingido um pico de US$ 1,2 trilhão em 2007 e de já ter baixado a US$ 707 bilhões no ano passado.
O Banco Mundial adverte que "o risco de crises de balanço de pagamentos e reestruturações de dívidas corporativas em muitos países merecem uma atenção especial" e diz que a recuperação da economia global exige "uma rápida implementação de reformas" e um eventual afastamento dos governos da participação no sistema financeiro e a retomada do controle privado sobre o sistema bancário.
O relatório comenta ainda que os países da América Latina e do Caribe entraram na atual crise muito mais preparados do que em ocasiões anteriores, com fundamentos econômicos mais sólidos, mas que ainda assim foram bastante afetados por conta da queda nos preços internacionais das commodities e da fuga de capitais estrangeiros de fundos de investimentos.
A organização observa ainda que o sistema de câmbio flutuante adotado na maioria dos países da região ajudou-os a absorver grande parte do choque inicial da crise e evitar problemas nos seus sistemas financeiros mesmo com a queda nos mercados de capitais.
América Latina O Banco Mundial prevê uma queda de 2,2% nas economias da América Latina e do Caribe neste ano, contrastando com uma previsão de crescimento de 1,2% nas economias em desenvolvimento como um todo.
A organização observa, porém, que se forem excluídas Índia e China do cálculo, as economias em desenvolvimento deverão sofrer uma queda de 1,6% neste ano.
Os países desenvolvidos, porém, deverão sofrer ainda mais com a crise, com uma queda prevista de 4,5% na zona do Euro, de 3% nos Estados Unidos e de 6,8% no Japão.
 
 
Nota do Blog:
 
A equipe econômica, nos bastidores, já trabalhava com esta hípótese por mais que, diante dos holofotes, ainda teimasse em dizer que nada pudesse abalar as estruturas da sólida política econômica nacional. Por outro lado, não há também por que se desesperar com tal informaçãó, pois outras nações tiveram que penar com muito mais problemas do que nós, brasileiros.
 
Dhiancarlo Miranda
 

A empáfia tricolor

JUCA KFOURI – Folha de São Paulo

JUVENAL JUVÊNCIO exagerou.
Mudou até estatuto para aumentar seu tempo no poder, como se fosse insubstituível, e comprou briga com quem não devia, certo de que venceria sempre.
Além do mais, fez da Copa de 2014 uma obsessão sem sentido e granjeou antipatias.
De raposa, virou ingênuo, sem entender o que se passa à sua volta.
Até trair o Flamengo traiu no episódio da taça das bolinhas, que, por sinal, continua longe da sala de troféus do Morumbi.
Brigou, também, com o Corinthians e o que menos interessa, no caso, é saber se tinha ou não razão, porque é o freguês quem sempre tem razão.
Pois o Corinthians sempre foi o maior cliente do Morumbi.
JJ imaginou que fazer a pazes com a CBF garantiria o seu estádio em 2014.
Calculou mal a capacidade que tem o presidente da entidade para se vingar na surdina.
E não pode desconhecer, ainda, que o governador de São Paulo não o engole.
O resultado está aí: futebol abandonado, o tetra da Libertadores ficou mais uma vez adiado e, se duvidar, o Morumbi verá a Copa por um binóculo, tantos são os interessados em minar o projeto tricolor, o Corinthians, com a CBF, inclusive.
E o Palmeiras, é claro, não é aliado, ao contrário.
Além de estar às voltas com seus problemas, que envolvem até contratações à revelia do presidente, casos de Mozart e Obina.
E desde a Segunda Guerra Mundial São Paulo e Palmeiras não se bicam.
Para não falar do sonho, embora aparentemente cada vez mais distante, da construção da sua arena, para rivalizar com o Morumbi.
Pois o São Paulo, em sua suprema arrogância, convencido de sua superioridade, que é inegável, mas só por ter um olho em terra de cego, fez questão de ignorar a tudo e a todos, certo de que passaria feito um trator por cima de quaisquer dificuldades, a ponto de fazer um projeto inicial simplesmente risível de reforma de seu estádio.
O resultado está aí.
Chamar eleições seria uma boa solução, muito melhor do que demitir Muricy Ramalho.
Mas sabe quando? Nunca!
 
 
Nota do Blog:
 
Com dor no coração, concordo inteiramente com o Juca.
Dhiancarlo Miranda

A dúvida: a liberdade no Irã está ou não sendo enforcada?

Do El País (Espanha)
 
 
 
Em tempos de dúvida, os xiitas praticantes voltam-se para sua "marya", a figura religiosa que cada um escolhe como fonte de inspiração e exemplo. E a disputa pelo resultado eleitoral é um desses assuntos em que muitos iranianos buscaram conselho. O próprio candidato derrotado dirigiu uma carta aos grandes aiatolás de Qom para que se pronunciassem sobre o ocorrido. As respostas deles revelam que as divisões atingem a cúpula religiosa do Irã, o pilar da república islâmica. A maioria dos grandes aiatolás ainda não felicitou Ahmadinejad por sua reeleição, mas mantém silêncio sobre os protestos. Alguns deles os apoiam abertamente.

"Nós seguimos o líder supremo e não nos metemos nesses assuntos", afirma o "hoyatoleslam" Mahdi Hasanzadeh, por telefone, de Qom. Hasanzadeh é membro do Ahl-ul-Bayt, a organização do grande aiatolá Ali Hosein Sistani, uma das fontes de imitação com maior número de seguidores em todo o mundo xiita, e embora seja iraniano de nascimento vive em Nayaf, Iraque.
Nayaf é o equivalente a um Vaticano xiita, mas a revolução islâmica iraniana e a ditadura de Saddam Hussein se aliaram para que o centro do poder religioso desse ramo do islã se transferisse para Qom. Hoje, depois da morte de Saddam, os clérigos das duas cidades concorrem para atrair os melhores estudantes. Essa rivalidade pode explicar a prudência de Hasanzadeh.
Embora outros porta-vozes tenham se negado a fazer comentários a um veículo da mídia estrangeira, os sites de vários maryas independentes revelam até que ponto os líderes religiosos estão divididos. "Para mim, o senhor é o potencial presidente e tem a responsabilidade de proteger os direitos da população", respondeu a Moussavi o grande aiatolá Bayat Zanjani. Em seu site (www.bayatzanjani.net), chega a afirmar que no passado foi testemunha de algumas infrações eleitorais, mas "é a primeira vez que atingem esta magnitude".
Zanjani, que depois das revoltas estudantis de 1999 esteve preso, acusa o presidente e o governo de acreditar "que o fim justifica os meios, o que é contrário ao islã". Além disso, adverte sobre o risco de que "a república islâmica se transforme em um governo islâmico". Também condena o governo por "omitir-se sobre a lei e zombar dos manifestantes", por isso aprova que "os jovens continuem protestando de forma pacífica".
O dissidente Ali Montazeri fez inclusive um apelo a estes para que "reivindiquem seus direitos" pacificamente. Na opinião dele, a fraude eleitoral minou a legitimidade do sistema de governo islâmico e "ninguém em são juízo" pode aceitar o resultado. Esse grande aiatolá foi delfim de Khomeini, mas no último momento foi afastado da sucessão em favor do atual líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei.
Montazeri, que desde então permanece sob prisão domiciliar, divulgou sua mensagem através de um comunicado. "Um governo que se baseia na intervenção dos votos não tem legitimidade política nem religiosa", afirma.
Outra das grandes figuras religiosas para quem os reformistas iranianos costumam olhar é o grande aiatolá Yusef Saanei. Ele foi procurado pelos ativistas pelos direitos da mulher em busca de bênção antes de empreenderem a campanha do milhão de assinaturas. Saanei, um dos poucos que pronunciou uma "fatwa" clara condenando os atentados suicidas, anima Moussavi a continuar com sua causa "porque só dessa forma se podem proteger os direitos do povo" (www.saanei.org). "Considero o senhor a melhor escolha para presidente e é uma pena que não pudesse ganhar as eleições", responde de forma um tanto oblíqua o candidato perdedor. Contudo, respalda suas ações. "O senhor é responsável por proteger os votos da população, e por isso deve informá-la e seguir com esse objetivo", afirma.
Para o grande aiatolá Ali Mohamed Dastgheb, Moussavi "foi a melhor opção nas eleições". Mesmo assim, explica que não espera que todos os seus seguidores tenham a mesma opinião. "Não estou arrependido nem triste nem envergonhado por tê-lo apoiado", confessa em sua resposta a um fiel.

 

Nota do Blog:

O que parecia ser um processo democrático no Irã pode devolver ao país a pecha de nação guiada pelo que os Aiatolás pensam sem se preocupar com liberdade de expressão ou princípios básicos de respeito à opinião da população. A possível quebra de confiança com outros países, principalmente os EUA, pode gerar problemas ao velho país de Xerxes.

 

Dhiancarlo Miranda

 

O fim da cadeira de Jornalismo?

Da Agência Brasil
 
 
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, disse hoje (19) que o registro profissional de jornalista no Ministério do Trabalho perdeu o sentido após decisão da Corte que acabou com a exigência de diploma para exercer a profissão. "O registro existente não terá nenhuma força jurídica", ressaltou.
Sobre o reflexo da decisão em concursos públicos com vaga para jornalistas, Mendes disse que questões pontuais serão debatidas posteriormente.
O presidente do STF descartou a possibilidade de uma nova regulamentação elaborada pelo Congresso Nacional como proposto pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa.
Mendes reiterou que há possibilidade de outras profissões serem desregulamentadas. No entanto, não quis especificar quais são essas áreas.
 
Nota do Blog:
 
Segundo, Gilmar Mendes, numa outra entrevista à Jovem Pan, é desnecessário solicitar diploma para áreas que prescindam de "conhecimentos técnicos ou específicos". Ora, caso isso seja levado a ferro e fogo teremos, uma a uma, profissões sendo desprestigiadas. A questão da obrigatoriedade do diploma ou não pode ser discutida, mas colocar o problema através desta ótica assumida pelo ministro Mendes é perigoso e raso.
 
Dhiancarlo Miranda