Arquivo mensal: junho 2009
A forma como são tratadas as coisas
Por RODRIGO BARROS OLIVEIRA
Após mais um episódio de preconceito no meio esportivo, o caso da acusação feita por Elicarlos contra Maxi Lopes, vejo se repetirem os equívocos cometidos pelos veículos de informação na abordagem do assunto.
Novamente a imprensa veicula a informação de maneira errada, sem esclarecer de maneira técnica o assunto.
O crime cometido pelo jogador argentino, caso a alegação do jogador Elicarlos se confirme verdadeira, não é crime de racismo.
A conduta praticada pelo atacante Maxi Lopes configura sim crime de injúria qualificada, previsto no Código Penal.
O atleta ofendeu a dignidade do outro e de maneira alguma tal prática configura o crime de racismo.
Os crimes de racismo, previstos na Lei 7.716/89, são condutas muito diversas da praticada pelo jogador argentino.
Racismo é dar tratamento diverso a alguém em função de sua raça, cor, etnia, ou nacionalidade, em situações em que estes devam ser tratados igualmente aos outros.
O fato de o jogador brasileiro ter acusado erradamente o argentino não deveria ser seguido pela imprensa, que deveria sim informar corretamente, dizendo que NÃO SE TRATA DE RACISMO.
Logo, procedeu corretamente a delegada em não deter o argentino, já que a lei não prevê tal hipótese.
Além do mais ninguém deve ser preso, a princípio, antes de ser condenado.
Seria um absurdo deter o argentino com base na simples alegação de Elicarlos.
Se no "Caso Grafite" houve detenção, foi um ato arbitrário e, aí sim, RACISTA, por dar tratamento diverso do estipulado em lei pelo fato da sua nacionalidade argentina.
Resta a imprensa passar a cobrir tais fatos elucidando a verdade e esclarecendo a todos de maneira a evitar esses desatinos e depoimentos lamentáveis, de pessoas totalmente leigas sobre o assunto.
Tem-se observado é que, nós, brasileiros, somos muito mais racistas com eles, os argentinos, nesses episódios, do que os comportamentos a eles atribuídos, muito embora sejam censuráveis.
Porque temos tratado esses casos com tremenda desproporção lhes atribuindo falsos crimes, além de tratamentos severos na condução dos agentes às delegacias coercitivamente após as partidas, algo que é indevido nos casos de ação penal privada como os crimes de injúria.
A briga pelo lugar de Lula
Telefonica usa possíveis “cortes” para pressionar justiça a liberar Speedy
Os segredos do Congresso
Descartada anulação de eleições no Irã
Os Guardiães admitiram em parte estas irregularidades ao aceitar na segunda-feira que em pelo menos 50 cidades do país houve mais votos que pessoas recenseadas.
No entanto, já advertiram que nem a apuração aleatória nem o fato de que haja mais votos variará substancialmente o resultado eleitoral, e que em nenhum momento cogitaram a repetição do pleito.
"Se tivesse ocorrido uma grave ilegalidade nas eleições, o Conselho teria anulado os votos nas urnas, colégios, distritos ou cidades afetadas, como já fez em outras ocasiões em eleições parlamentares", disse o porta-voz do Conselho Ali Abbas Kadkhodaei.
"Mas felizmente, nestas eleições presidenciais não encontramos traços de fraude maciça. Não houve violações graves. Portanto, não há possibilidade de se anular o pleito", ressaltou.
Os resultados eleitorais terminaram de dividir o país e evidenciaram as graves dissidências que existem dentro da cúpula do poder.
Por causa do resultado das eleições, o Irã se tornou palco de protestos e de enfrentamentos, que até o momento custaram a vida de pelo menos 20 pessoas, segundo números oficiais.
Olha a marolinha aí
Banco Mundial prevê queda de 1,1% no PIB brasileiro em 2009
A organização reviu para baixo sua previsão para o Brasil para este ano. Em março, o Banco Mundial havia previsto um crescimento de 0,5%.
A projeção do banco Mundial contrasta com a do governo brasileiro. Em maio, o Ministério do Planejamento previu um crescimento de 1%.
A organização prevê uma recuperação do PIB do Brasil a partir do ano que vem, com um crescimento de 2,5% em 2010 e de 4,1% em 2011.
Segundo as previsões do Banco Mundial, a economia global deve cair 2,9% neste ano, com uma recuperação de 2% em 2010 e de 3,2% em 2011.
Relatório As previsões fazem parte do relatório Global Development Finance 2009, que adverte para uma queda acentuada nos fluxos de capital para os países em desenvolvimento neste ano.
Segundo o relatório, a escassez de crédito decorrente da crise financeira mundial deve fazer o fluxo líquido de capitais para os países em desenvolvimento cair a US$ 363 bilhões neste ano, após ter atingido um pico de US$ 1,2 trilhão em 2007 e de já ter baixado a US$ 707 bilhões no ano passado.
O Banco Mundial adverte que "o risco de crises de balanço de pagamentos e reestruturações de dívidas corporativas em muitos países merecem uma atenção especial" e diz que a recuperação da economia global exige "uma rápida implementação de reformas" e um eventual afastamento dos governos da participação no sistema financeiro e a retomada do controle privado sobre o sistema bancário.
O relatório comenta ainda que os países da América Latina e do Caribe entraram na atual crise muito mais preparados do que em ocasiões anteriores, com fundamentos econômicos mais sólidos, mas que ainda assim foram bastante afetados por conta da queda nos preços internacionais das commodities e da fuga de capitais estrangeiros de fundos de investimentos.
A organização observa ainda que o sistema de câmbio flutuante adotado na maioria dos países da região ajudou-os a absorver grande parte do choque inicial da crise e evitar problemas nos seus sistemas financeiros mesmo com a queda nos mercados de capitais.
América Latina O Banco Mundial prevê uma queda de 2,2% nas economias da América Latina e do Caribe neste ano, contrastando com uma previsão de crescimento de 1,2% nas economias em desenvolvimento como um todo.
A organização observa, porém, que se forem excluídas Índia e China do cálculo, as economias em desenvolvimento deverão sofrer uma queda de 1,6% neste ano.
Os países desenvolvidos, porém, deverão sofrer ainda mais com a crise, com uma queda prevista de 4,5% na zona do Euro, de 3% nos Estados Unidos e de 6,8% no Japão.
A empáfia tricolor
JUCA KFOURI – Folha de São Paulo
A dúvida: a liberdade no Irã está ou não sendo enforcada?
"Nós seguimos o líder supremo e não nos metemos nesses assuntos", afirma o "hoyatoleslam" Mahdi Hasanzadeh, por telefone, de Qom. Hasanzadeh é membro do Ahl-ul-Bayt, a organização do grande aiatolá Ali Hosein Sistani, uma das fontes de imitação com maior número de seguidores em todo o mundo xiita, e embora seja iraniano de nascimento vive em Nayaf, Iraque.
Nayaf é o equivalente a um Vaticano xiita, mas a revolução islâmica iraniana e a ditadura de Saddam Hussein se aliaram para que o centro do poder religioso desse ramo do islã se transferisse para Qom. Hoje, depois da morte de Saddam, os clérigos das duas cidades concorrem para atrair os melhores estudantes. Essa rivalidade pode explicar a prudência de Hasanzadeh.
Embora outros porta-vozes tenham se negado a fazer comentários a um veículo da mídia estrangeira, os sites de vários maryas independentes revelam até que ponto os líderes religiosos estão divididos. "Para mim, o senhor é o potencial presidente e tem a responsabilidade de proteger os direitos da população", respondeu a Moussavi o grande aiatolá Bayat Zanjani. Em seu site (www.bayatzanjani.net), chega a afirmar que no passado foi testemunha de algumas infrações eleitorais, mas "é a primeira vez que atingem esta magnitude".
Zanjani, que depois das revoltas estudantis de 1999 esteve preso, acusa o presidente e o governo de acreditar "que o fim justifica os meios, o que é contrário ao islã". Além disso, adverte sobre o risco de que "a república islâmica se transforme em um governo islâmico". Também condena o governo por "omitir-se sobre a lei e zombar dos manifestantes", por isso aprova que "os jovens continuem protestando de forma pacífica".
O dissidente Ali Montazeri fez inclusive um apelo a estes para que "reivindiquem seus direitos" pacificamente. Na opinião dele, a fraude eleitoral minou a legitimidade do sistema de governo islâmico e "ninguém em são juízo" pode aceitar o resultado. Esse grande aiatolá foi delfim de Khomeini, mas no último momento foi afastado da sucessão em favor do atual líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei.
Montazeri, que desde então permanece sob prisão domiciliar, divulgou sua mensagem através de um comunicado. "Um governo que se baseia na intervenção dos votos não tem legitimidade política nem religiosa", afirma.
Outra das grandes figuras religiosas para quem os reformistas iranianos costumam olhar é o grande aiatolá Yusef Saanei. Ele foi procurado pelos ativistas pelos direitos da mulher em busca de bênção antes de empreenderem a campanha do milhão de assinaturas. Saanei, um dos poucos que pronunciou uma "fatwa" clara condenando os atentados suicidas, anima Moussavi a continuar com sua causa "porque só dessa forma se podem proteger os direitos do povo" (www.saanei.org). "Considero o senhor a melhor escolha para presidente e é uma pena que não pudesse ganhar as eleições", responde de forma um tanto oblíqua o candidato perdedor. Contudo, respalda suas ações. "O senhor é responsável por proteger os votos da população, e por isso deve informá-la e seguir com esse objetivo", afirma.
Para o grande aiatolá Ali Mohamed Dastgheb, Moussavi "foi a melhor opção nas eleições". Mesmo assim, explica que não espera que todos os seus seguidores tenham a mesma opinião. "Não estou arrependido nem triste nem envergonhado por tê-lo apoiado", confessa em sua resposta a um fiel.
Nota do Blog:
O que parecia ser um processo democrático no Irã pode devolver ao país a pecha de nação guiada pelo que os Aiatolás pensam sem se preocupar com liberdade de expressão ou princípios básicos de respeito à opinião da população. A possível quebra de confiança com outros países, principalmente os EUA, pode gerar problemas ao velho país de Xerxes.
Dhiancarlo Miranda
O fim da cadeira de Jornalismo?
Sobre o reflexo da decisão em concursos públicos com vaga para jornalistas, Mendes disse que questões pontuais serão debatidas posteriormente.
O presidente do STF descartou a possibilidade de uma nova regulamentação elaborada pelo Congresso Nacional como proposto pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa.
Mendes reiterou que há possibilidade de outras profissões serem desregulamentadas. No entanto, não quis especificar quais são essas áreas.