Arquivo mensal: dezembro 2009
O outro lado da internet
Mapa da WEB
Mesmo com o forte crescimento do Facebook em todo o mundo, que já alcança 350 milhões de usuários, no Brasil o Orkut permanece como a rede social favorita entre os internautas.
Os dados são do Alexa, serviço de informações sobre tráfego da Internet, e do Google Trends: eles foram reunidos num mapa interativo feito pelo blogueiro italiano Vincenzo Consenza, que mostra todas as redes sociais utilizadas no mundo.
Poesia
Saltitante é o perigo que habita o limiar de uma era atrás
E a fama conquistada por outrem já lhe satisfaz.
Pernoitar ao luar fascinante já reduz o âmago de qualquer criatura
Por mais que se pareça com qualquer coisa aguda.
Sinistras canções tocam no seu ouvido
Entre outras paixões reluzentes.
A vida se transforma em chamuscadas idéias
Enquanto o tato se torna algo quente.
Paraísos infames formulam perguntas de consciência e de febre
Surrupiando a negra calma dos presos perpétuos,
Já que o inferno sorrateiro se avizinha ao pecador alegre
Nada mais assombra os erros supérfluos.
Sinistras canções tocam no seu ouvido
Entre outras paixões reluzentes.
A vida se transforma em chamuscadas idéias
Enquanto o tato se torna algo quente.
Existe plano após a morte?
Haverá contingente pleno nessa posse?
Só o tempo nos conduz,
Seja lá para onde aponta a luz.
Sinistras canções tocam no seu ouvido
Entre outras paixões reluzentes.
A vida se transforma em chamuscadas idéias
Enquanto o tato se torna algo quente.
Dhiancarlo Miranda
Avatar não supera “O Senhor dos Anéis”
"Avatar" tem boa estreia, mas não bate "O Senhor dos Anéis"
O filme "Avatar" arrecadou US$ 27 milhões (cerca de R$ 47,79 milhões) em seu primeiro dia de exibição nos cinemas nos Estados Unidos, segundo a "Variety", especializada em cinema.
Apesar do bom resultado, o filme ficou atrás de "Eu Sou a Lenda" (US$ 30,1 milhões) entre as maiores bilheterias de filmes que estrearam em sextas-feiras de dezembro.
A maior bilheteria de estreia de um filme foi a de "O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei" (US$ 34,5 milhões), que começou a ser exibido numa quarta-feira.
Os resultados de "Avatar" podem ter sido prejudicados por tempestades de neve que ocorreram na costa leste dos Estados Unidos, segundo a "Variety".
A publicação diz que, assim como "Titanic", que arrecadou US$ 8,7 milhões em sua estreia, o novo filme de James Cameron deve crescer com a "propaganda boca a boca".
Contagem Regressiva para LOST
LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
Na ida, o voo para o Havaí tem duas escalas: Miami e Los Angeles. A pequena turbulência faz pensar no que aconteceria se o avião partisse ao meio e caísse numa ilha nem tão deserta quanto se poderia imaginar. Aconteceu em "Lost". Poderia acontecer de novo…
O diretor criativo, Jack Bender, sabe a história por inteiro: "Nenhum ator conhece o fim. Talvez para onde vai seu personagem. Está bem assim. Meu trabalho é fazer com que saibam o suficiente para ir na direção certa."
Fotos das personagens centrais da 6º Temporada de LOST
Mais sobre LOST
(Com SPOILERS!)
Quem não quer saber novidades sobre os dois personagens mais misteriosos – ao menos neste momento – em “Lost”? Então, vamos lá:
– O blogueiro Andy Page, do DarkUfo, contou algumas boas novas sobre Jacob, seu rival (chamado nas internas da produção da série de “Man in Black”) e Richard Alpert:
* Jacob e MiB estão conectados a Richard Alpert;
* Alpert encontrou os dois em seu flashback;
* Jacob e Alpert se envolveram uma briga com uma certa faca especial;
* E essa briga ocorreu em 1800.
A faca deve ser a mesma que Richard Alpert mostrou ao menino Locke em “Cabin Fever”. Mudando de assunto mas nem tanto, confio em que Richard Alpert veio no Black Rock; agora, por que ele tem o dom da longevidade, afinal? Espero essa explicação em “Ab Aeterno”, nono episódio da nova temporada e que será centrado nele…
– Um relato do DarkUfo fala de uma cena gravada para este novo ano, envolvendo Hurley e Richard Alpert, filmada em uma grande árvore na floresta. No dia seguinte, eles filmaram na praia; e o fã da série que deu tais informações, identificado como kokonutte, disse que eles gravariam uma cena envolvendo um raio.
Kokonutte disse também que rolou uma filmagem na praia com Ben, Kate, Jack, Hurley, Sun, Miles e Illana – todos sentados em torno de uma fogueira. Acampamento!
Agora, o que Hurley e Alpert faziam juntos? Duplinha inusitada mesmo…
– Por fim, um fã chamado Chris mandou um screencap muito interessante da versão Blu-Ray do box da quinta temporada. Segundo a imagem, de fato Juliet detonou a bomba. Confiram:
Na antepenúltima linha, se lê “Juliet Rock Bomb Boom”- em português, “Juliet Pedra Bomba Bum”.
Nas seguintes, temos Jack e seu grupo absorvidos por uma luz branca; e Richard Alpert vendo tudo de longe – o que faz a afirmativa dele sobre “todos terem morrido” fazer algum sentido…
The best of year
Do Blog da Redação da "Folha de São Paulo":
Como é tradição nos Estados Unidos, os principais órgãos nacionais ligados ao cinema divulgam suas listas de melhores filmes do ano. A maior parte, claro, serve como termômetro para o Oscar. Uma das listas mais importantes é, sem dúvida, a lista do American Film Institute, divulgada no domingo (13). A surpresa, neste caso, está em dois filmes: "Coraline e o Mundo Secreto", o que confirma a tendência de integrar as animações como obras importantes no desenvolvimento da cinematografia americana, e "Guerra ao Terror", o que põe por terra a noção de que não houve obra recente que pudesse fazer uma leitura crítica dos conflitos promovidos por George W. Bush sob o pretexto de fazer uma caça aos terroristas.
A lista fala por si:
– "Amor Sem Escalas"
– "A Single Man"
– "Coraline e O Mundo Secreto"
– "Guerra ao Terror"
– "Precious"
– "Se Beber, Não Case"
– "Sugar"
– "The Messenger"
– "Um Homem Sério"
– "Up – Altas Aventuras"
Brameiro precisa ser guerreiro?
No ‘Estadão’ de hoje:
Guerreiros ou brameiros
Ugo Giorgetti
Não sei por que ando pensando muito num comercial da Brahma que andou, ou anda, pelas televisões.
De fato ele não me sai da cabeça.
Fiquei tão intrigado que recorri até ao site do Clube de Criação de S.Paulo, onde não só o encontrei na íntegra, como tive a surpresa de encontrar também declarações do diretor de marketing da Brahma que, por sua vez, vieram aumentar meu assombro.
Queria, logo de início, pedir licença ao diretor da empresa para refutar uma de suas declarações.
Diz ele: "Com a campanha não queremos impor nada a ninguém. Queremos apenas ser porta-vozes do povo brasileiro."
Bem, meu porta-voz esse comercial não é, isso eu posso garantir.
E, espero, também não seja de boa parte do povo brasileiro.
Para quem não sabe, o comercial descreve a atitude ideal do torcedor brasileiro em relação à Copa do Mundo que se aproxima.
Consta de uma sucessão de imagens bélicas e melodramáticas, onde supostos torcedores carrancudos, gritam, choram e batem no peito.
Para deixar ainda mais claro a observadores menos atentos que o que se espera realmente são guerras e batalhas, mistura essas cenas com outras, fictícias, devidamente produzidas e filmadas, de um grande exército medieval em ação.
Se as imagens falam por si, o pior é o som.
Vozes jovens alucinadas urrando palavras de ordem num tom ameaçador, histérico, a lembrar manifestações das mais radicais e intolerantes agrupamentos que, infelizmente, existem no interior de qualquer sociedade.
Eu me permito transcrever algumas das frases vociferadas: "Eu queria que a seleção fosse para a Copa, como quem vai para uma batalha!" "Eu quero guerreiros!", "Vamos para a guerra juntos! 180 milhões de guerreiros!" "Sou guerreiro!" No final do filme, num golpe de surrealismo que faria as delícias de Luis Buñuel, o locutor, contrariando o tom anterior de toda a mensagem, recomenda sabiamente: "Beba com moderação."
O diretor de marketing da Brahma, no mesmo site do Clube de Criação continua: "A mensagem que queremos passar ao torcedor é que, além de ser a primeira marca brasileira a patrocinar oficialmente uma Copa do Mundo, o desejo da Brahma é despertar a atitude guerreira da seleção em todos os 190 milhões de brasileiros."
Com todo o respeito que tenho pela Brahma, cuja publicidade acompanho, até por dever de ofício, há mais de quarenta anos, e que me pareceu sempre celebrar a alegria e a irreverência popular, essas declarações inspiram alguns comentários.
O que eu espero da seleção é que jogue bola.
Acho que o que nos derrotou em 2006 não foi a falta de guerreiros, mas foi o Zidane, que não era exatamente um guerreiro.
Quanto aos 190 milhões, espero que honrem nossa tradição de saber perder, como fizemos em 1950 em pleno Maracanã, ou como fizemos em 1982, encantando o mundo.
O resto é apenas apelar para o que há de pior na sociedade brasileira.
Que é o que faz esse equivocado comercial dessa grande empresa.
E de repente, a razão pela qual penso nele com tanta freqüência me aparece claramente: é que, de certo modo, o confundo com as cenas reais que aconteceram no estádio do Curitiba domingo passado.
Ao revê-las me ocorre uma pergunta: os torcedores que, ensandecidos, fizeram o que fizeram no Paraná seriam "guerreiros" ou "brameiros"?
Ou os dois?
Infelizmente não foi possível alertá-los para invadirem e quebrarem tudo "com moderação".