Eletropaulo nas Escolas, Eletropaulo no Riva

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Dando continuidade à campanha por um gasto de energia consciente a EMEF Professor Rivadávia Marques Junior realizou mais atividades do Projeto Eletropaulo nas Escolas.

Dessa vez, a atividade teve como objetivo realizar um dossiê de todos os, pontos de energia e de luz do estabelecimento escolar e promover entrevistas com funcionários sobre o tema do consumo sustentável de energia.

Como os alunos representantes de sala tiveram bastante trabalho foi possível registrar cada momento em que eles mostraram todo o empenho e dedicação posta que todo desse certo.

Abaixo, vemos algumas dessas imagens. É mais à frente teremos mais notícias a respeito do Projeto. Ate lá!

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Mais um dia no Parque da Cantareira

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Agora foi a vez do pessoal do segundo ano do ensino fundamental ter o prazer de conhecer uma parte quase desconhecida de nossa cidade.

Um espaço lindo e natural no meio de São Paulo: este é o Parque da Cantareira – Núcleo Pedra Grande.

E a EMEF Professor Rivadávia Marques Junior já está em sua segunda visita.

Na empreitada de terça-feira feira (26) as trilhas foram diferentes e o conhecimento da floresta foi um ponto interessante para a visão ainda em formação dos meninos e meninas.

Com a certeza de ter proporcionado um dia fora do comum para eles tanto o pessoal do parque quanto os responsáveis pela atividade pelo lado da escola ficam satisfeitos e com a sensação de dever cumprido.

Fique abaixo com algumas fotos do passeio.

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Chimamanda: voz forte contra o preconceito

Chimamanda Ngozi Adichie é uma escritora nigeriana relativamente nova para a fama que conseguiu (tem apenas 38 anos).

Ela já é reconhecida como uma das mais importantes autoras e está tendo sucesso em atrair uma nova geração de leitores de literatura africana. E o mais interessante de tudo isso é que ela o faz através de um misto de estilo e força em suas palavras.

Chimamanda nasceu em Abba, no estado de Anambra, mas cresceu na cidade universitária de Nsukka, no sudeste da Nigéria, onde se situa a Universidade da Nigéria. Seu pai era professor de Estatística na universidade, e sua mãe trabalhava como administradora no mesmo local. Quando completou dezenove anos, deixou a Nigéria e se mudou para os Estados Unidos da América. Depois de estudar na Universidade Drexel, na Filadélfia, Chimamanda se transferiu para a Universidade de Connecticut. Fez estudos de escrita criativa na Universidade Johns Hopkins de Baltimore e mestrado de estudos africanos na Universidade Yale.

Portanto, não estamos falando de uma pessoa que passou por inúmeras dificuldades socioeconômicas por ser de um país africano. Muito pelo contrário, Chimamanda faz questão de repetir sua história para que todos percebam que o estereótipo colado em todo morador daquela região do mundo não pode ser apenas a única visão que as pessoas possam ter.

Seu primeiro romance, “Purple Hibiscus” foi publicado em 2003 e causou certa comoção por tratar de extremismo religioso católico, algo que normalmente é passado como real apenas em outras religiões.

Com essa coragem em bater em pontos tabus a escritora chegou ao segundo título, “A Metade de um Sol Amarelo”, mexendo no vespeiro da guerra de Biafra, passagem pesada da história nigeriana. A obra foi lançada em 2006 e ganhou o Orange Prize para ficção em 2007.

Pulando para os dias atuais, Adichie divide seu tempo entre sua moradia na Nigéria ensinando oficinas de escrita e onde se tornou a primeira mulher a ser Chefe da Administração da Universidade da Nigéria e outro período ministrando palestras nos Estados Unidos.

Para chegar à condição de hoje, a desconhecida autora Adichie, chegou a publicar coletâneas de poemas ainda nos anos 90 e se meteu até com peças de teatro (For Love of Biafra) em 1998.

Importantes prêmios estão inclusos em sua carreira como o Caine por “You in America”, o prêmio BBC Short Story Awards por “That Harmattan Morning”, além do prêmio O. Henry por “The American Embassy “.

Ela também ganhou o Prêmio Internacional de Contos David T. Wong 2002/2003 e um Beyond Margins Award pelo já citado “A Metade de um Sol Amarelo” de 2007.

Suas últimas empreitadas na ficção são “The Thing Around Your Neck” (2009), uma coleção de contos, e “Americanah” (2013), romance aclamado por público e crítica tanto nos EUA quanto na Europa, tendo sido considerado um dos melhores livros daquele ano pelo New York Times.

Em 2010, ela entrou na lista dos 20 autores de ficção mais influentes com menos de 40 anos e em abril de 2014 ela foi nomeada como um dos 39 escritores mais importantes com idade inferior a 40 no projeto Festival Hay e Rainbow Book Club.

Há um vídeo muito famoso e compartilhado no Youtube com a escritora participando de uma palestra da instituição mundial TED em 2009. A fala de Idichie ficou conhecida como “O perigo das histórias únicas” e foca exatamente na necessidade de abrirmos o leque de opções para a compreensão das histórias que contamos e ouvimos desde sempre. Também serve como um alerta sobre a importância de contarmos as histórias dos lugares onde vivemos para ampliar os horizontes e a visão de mundo muito além da europeização e americanização com o qual estamos acostumados em todas as esferas do conhecimento literário.

A fluência da voz calma e combatente da nigeriana emprestou sua suavidade também ao evento Commonwealth Lecture de 2012 em Londres onde presenteou a plateia com a palestra “Conectando Culturas” e ainda teve fôlego para realizou, novamente para o TED, a fala feminista “Todos nós deveríamos ser feministas”.

A capacidade contundente de falar para uma geração inteira de mulheres de todas as partes do mundo foi tão forte que este discurso foi incorporado em 2013 na música “Flawless” de Beyoncé, ganhando assim mais notoriedade ainda, possibilitando até a edição em livro.

Dessa forma, estamos diante não apenas de uma componente interessante da nova literatura mundial, mas de uma mulher ciente de seu poder de persuasão, consciente da capacidade de escrever sobre os problemas e realidades de seu povo e do mundo como um todo, mas também de uma escritora capaz de falar da beleza das coisas e de como a luta social e étnico-racial também pode se estabelecer como uma dessas belezas de nossa contemporaneidade.


Bibliografia:

  • “Hibisco Roxo” (título no Brasil) – 2003;

  • “A Metade de um Sol Amarelo” – 2006;

  • “The Thing Around Your Neck” – 2009;

  • “Americanah” – 2013;

  • “Todos Devemos ser feministas” – 2014.

 

Quer suspense? Nova temporada de Twin Peaks vem aí!

Twin Peaks foi criada por Mark Frost e David Lynch e teve estreia ainda no início de 1990.

 

Ela tinha como mote principal a investigação do agente do FBI Dale Cooper sobre o assassinato da popular estudante do colegial Laura Palmer.

 

O episódio piloto causou tanto impacto na ABC se pensou a estender a primeira temporada mas no final acabou tendo apenas sete outros episódios.

 

A segunda temporada recebeu roteiro para 22 episódios e foi ao ar até 10 de junho de 1991.

 

Desde então, surgem boatos sobre a continuação da trama e por vezes até pareceu que iria sair do papel, mas isso só teve confirmação no ano passado.

 

Pois bem, esta terceira temporada de “Twin Peaks”estreia em 2017 e já está totalmente gravada. David Lynch aproveitou a deixa e divulgou agora a lista dos 217 atores que nela participam. E é importante dizer que é dele a incumbência da direção dos 18 episódios desta nova empreitada.

A Cult Series será exibida pelo canal Showtime nos EUA, mas ainda não possui informações sobre quem irá fazê-lo por aqui no Brasil.

Entre os atores participantes do programa estão alguns que já haviam estrelado as duas primeiras temporadas. Alguns exemplos são Kyle MacLachlan, o protagonista, além de David Duchovny e Mädchen Amick.

Mas, muitos astros da música e do cinema também farão parte do elenco em maior ou menor importância, como nos casos de Naomi Watts, Michael Cera, Monica Bellucci e até o vocalista do Pearl Jam, Eddie Vedder.

“Twin Peaks”, ao que tudo indica, aproveitará a lacuna no tempo para mostrar como que a cidade-título se encontra 25 anos após a morte de Laura Palmer, o acontecimento desencadeador da história.

7 livros essenciais na visão de Neil deGrasse (e um para aprender a não ser manipulado)

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***Da reportagem da Revista Mundo Estranho***

O astrofísico americano Neil deGrasse Tyson é conhecido mundialmente pelas suas pesquisas científicas e por não fugir da treta com religiosos fundamentalistas, mas também acredita ser necessário mostrar que a leitura possa ser uma atividade libertadora para a mente.

Segundo ele, há 7 livros que todos precisam ter acesso para ultrapassar a linha entre o senso comum e o estudo constante. Mas ele é bom de polemizar e indica um livro a mais (o primeiro) para fazer você perceber o quanto é fácil ser manipulado.

É imprescindível dizer que tais leituras também são interessantes para determinar a que altura queremos chegar para entender o que está realmente a nossa volta e de que tamanho queremos vislumbrar nossa visão de mundo.

Todos os livros citados pelo renomado cientista estão disponíveis na WEB e podem ser adquiridos em qualquer biblioteca virtual ou física por aí.


A Bíblia

“Para entender que é mais fácil acreditar nos outros sobre o que pensar do que pensar e crer por si mesmo”


A era da Razão – Thomas Paine

“Para aprender que o poder do pensamento racional é a fonte primária da liberdade do mundo”


O Príncipe – Maquiavel

“Para entender que quem não tem poder vai fazer de tudo para consegui-lo – e também perceber que quem tem poder vai fazer de tudo para mantê-lo”


A arte da Guerra – Sun Tzu

“Para perceber que o ato de matar outros humanos pode ser elevado ao status de arte”


Principia – Newton

“Para notar que o Universo é um lugar que pode ser conhecido”


A Origem das Espécies – Darwin

“Para compreender como estamos relacionados com todos os outros seres da Terra”


As Viagens de Gulliver – Jonathan Swift

“Para notar, entre outras lições cheias de sarcasmo, que, na maior parte do tempo, os humanos são Yahoos”


A Riqueza das Nações – Adam Smith

“Para entender que o capitalismo é uma economia de ganância, uma força da natureza dentro de si mesma”


Sim, meus caros, Shakespeare morreu há 400 anos

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Quanto à importância do escritor ninguém dúvida.

Em relação à influência criada por ele nas gerações posteriores a dele nem se fala.

Agora, no que diz respeito à vida dele o que mais se tem são pontos de interrogação.

William Shakespeare nunca foi aberto as aparições públicas e muito se tem falado sobre a possibilidade de algumas de suas obras não terem sido escritas por ele ( muita coisa sendo pura teoria da conspiração apenas).

E mesmo os retratos dele não são confiáveis, pois não se sabe da origem deles.

Mesmo assim, o que ficou foi a genialidade de swus textos e a veia poética com que demonstrava sua narrativa fazendo de suas estórias obras de arte.

Sejam os sonetos, sejam as peças ou até mesmo os textos considerados “menores”, todos prosseguem muito atuais e saber que já faz 400 anos desde quando o bardo morreu e a prova mais real de que sua técnica de escrita ultrapassou barreiras em todos os sentidos.

O canal do Youtube “Entreplanos” fez um apanhado geral de inúmeros filmes que já utilizaram de alguma maneira a obra de Shakespeare para adaptar para a tela grande.

A ideia é legal, pois mostra de forma bem didática que o escritor britânico ainda prossegue necessário nos dias atuais. O vídeo acaba por ser dividido em várias partes para mostrar que o escritor pode ser adaptado fielmente para o cinema, pode ser apenas uma inspiração ou até mesmo virar piada com seus discursos eloquentes.

Confira abaixo:

Julia Holter: você pode estranhar, mas no final irá gostar

Julia nasceu na Califórnia em 1984 (tem 31 anos já), saiu para o mundo, mas o lar não saiu dela.

Na verdade, nem ela também.

A cantora, compositora, produtora musical e artista performática prossegue com sua vida totalmente ligada à terra natal, pois a sede de suas maiores atividades é em Los Angeles.

Por lá, ela já havia frequentado a Academia de Música da Alexander Hamilton High School e a CalArts onde se graduou no estudo de Composição Musical. Isso contribuiu para a criação de inúmeras canções, situação que teve seu auge em 2008 com a inclusão de várias delas em alguns álbuns de compilações de novos artistas.

O primeiro disco dela sozinha foi lançado em 2011 e levou o nome de “Tragedy”. A curiosidade sobre a moça cresceu e a promoção do trabalho por meio de bons shows e participação em programas de college radios do mundo indie americano em conjunto com o método profícuo de criação de Holter contribuíram que seu segundo álbum já aparecesse em 2012. Este tinha o título de “ekstasis”.

Julia tem a façanha de se desdobrar entre vários trabalhos paralelos e é fácil colher parcerias dela com músicos como Nite Jewel, Linda Perhacs e Michael Pisaro.

Enquanto florescia essa sanha por projetos pessoais também crescia sua fama no meio musical em outras partes do planeta e convites para festivais começaram a pipocar.

E isso, obviamente, facilitou o processo para a melhoria profissional e o terceiro disco “Loud City Song” já sairia pela Domino Records em 2013. Comparações com artistas dos anos 70, como Kate Bush e Laurie Anderson e as experimentações indies do Stereolab fariam eco ao trabalho da garota junto às boas análises da crítica especializada.

Foto de Divulgação

A colaboração no trabalho de outras pessoas pareceu se estender a partir daí e atividades com a cantora Nite Jewel também vieram.

Em 2015, Holter o quarto álbum é finalmente concebido e seu lançamento demonstra que a consolidação da carreira da cantora está  mais do que estabelecida. Sua banda é quase uma big band e os sons extraídos dali variam entre o rock experimental, art pop, ambient rock e música eletrônica.

Julia gosta muito da cultura e literatura grega e muitos temas retirados de textos conhecidos da mitologia de lá foram reutilizados por ela em suas canções.

Desa forma, muitas vezes também se consegue deduzir sons mais antigos são percebidos em seu trabalho. Até mesmo a temática barroca pode ser alcançada quando se tem bastante atenção aos seus sons.

Sua voz ajuda muito nisso tudo, pois consegue ser bem intimista ao mesmo tempo que sobe um pouco o volume para demonstrações de sua técnica vocal.

Enfim, pode causar certa estranheza à primeira audição, mas nunca se fica indiferente à execução de suas apresentações que invariavelmente são chamadas de belíssimas.

Atualmente, Holter está colaborando com Jean-Michel Jarre em uma canção para a segunda parte do álbum duplo Electronica, que deverá ser lançado em 18 de julho de 2016. Isso quer dizer que a moça não gosta de ficar parada e por isso acompanhar sua carreira pode ser deliciosamente corrido.

Acompanhe abaixo uma apresentação de Julia Holter do ano passado para a já conhecida KEXP de Seattle.

Não aguento mais 2016: morre Prince, ícone dos anos 80 e 90!

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A notícia pegou todos de surpresa.

No meio da tarde desta quinta-feira começaram a pipocar as informações a respeito da tragédia que se assolou sobre a música pop mundial.

Prince foi um dos principais nomes da cena musical nos anos 1980, com destaque para o álbum “Purple Rain” e apresentações pulsantes nos palcos pelo mundo. Daí para ser alçado ao nível de sex simbol não foi difícil.

O popstar Prince foi encontrado morto nesta quinta-feira (21), em sua residência de Minneapolis, aos 57 anos.

Foi o site “TMZ”o primeiro a noticiar a morte e, desde então, foram multiplicadas as manchetes acerca do passamento do ídolo americano.

Um comunicado assinado por Yvette Noel-Schure, assessora do cantor deu a tônica da surpresa: “com profunda tristeza confirmo que o lendário e icônico artista Prince Rogers Nelson faleceu em sua residência de Paisley Park (Minneapolis) esta manhã.

Não foram revelados mais detalhes sobre o ocorrido, mas o estado já estava feito.

O que se sabe é alemãs que Prince lutava há várias semanas contra uma forte gripe que o obrigou a cancelar várias apresentações.

No dia 15 de abril, o jato particular de Prince fez um pouso de emergência para que ele recebesse atendimento médico depois que essa mesma gripe havia se agravado durante um voo de Atlanta para sua casa.

Na ocasião, o cantor fora internado em um hospital, mas recebeu alta depois de algumas horas e seguiu viagem em seguida.

Filosofia para ler e pensar: um apanhado de bons livros sobre o tema

Em tempos obscuros, cinzentos e temerosos como os vividos no Brasil ultimamente, em que há muita desconfiança quanto ao futuro e não se pode afirmar categoricamente nada sobre o presente há de se ter algumas leituras obrigatórias acerca do pensamento humano.

Por meio da filosofia o homem sempre quis desenvolver uma análise crítica de seu pensamento e as ideologias sociais foram sendo construídas de acordo com o alinhamento com certas formas de se analisar a nossa mente e ações.

Por causa disso, o blog acha necessário que se tenha uma lista com algumas das obras mais importantes sobre o pensamento e os nomes da filosofia que serão vistos aqui abaixo têm muito a ver com teorias e práticas vistas e repetidas no mundo de hoje. Porém, não se tem a pretensão de fazer uma lista definitiva, mas sim um norte para através deste início de leitura possam ser buscadas outras e mais outras.

Mesmo assim, é notório que algumas delas poderiam ser mais bem compreendidas, outras deveriam ser recuperadas enquanto que outras precisavam urgentemente de alguma repaginação, mas é óbvio que todas foram imprescindíveis para a evolução da sociedade.

Dessa forma, o que se segue abaixo é apenas uma linha inicial para que tenhamos mais contato com um mundo que precisa ser mais visitado para que as atividades de nossa realidade atual sejam mais bem pensadas e produzidas com mais esforço ético e sabedoria.

Portanto, saboreie a lista e escolha sua lista de livros favoritos.


 

A República – Platão

 

“A República” é um diálogo socrático escrito por Platão, filósofo grego, no século IV a.C.. Todo o diálogo é narrado, em primeira pessoa, por Sócrates. O tema central da obra é a justiça.

No decorrer da obra é imaginada uma república na cidade de Calípole, Kallipolis, que significa “cidade bela” e é neste livro que se encontra o famoso mito da caverna.

O diálogo todo tem uma extensão considerável, articulada pelos tópicos do debate e por elementos dramáticos. Exteriormente, está dividido em dez livros, subdividida em capítulos e com a numeração de páginas do humanista Stéphanus da tradição manuscrita e impressa.


 

Poética – Aristóteles

Poética é o mais antigo dos trabalhos conhecidos de Aristóteles. Trata-se de uma compilação realizada por volta de 335 a.C., que busca sistematizar o formato e a estética dos gêneros literários gregos. O texto que temos hoje conta com 26 capítulos e é composto por uma introdução geral sobre a arte poética, seguida de uma digressão detalhada sobre a poesia trágica e a épica, concluindo com uma comparação entre ambas.

O termo grego que dá nome à obra significa literalmente “fazer”, uma alusão ao fazer da arte, a composição artística, e incluía originalmente os gêneros cultuados pelos gregos, como o drama, a comédia, a tragédia e a sátira, além da poesia lírica, a poesia épica, e o ditirambo, porém algumas destas partes foram perdidas.

No final das contas, o livro constitui-se uma obra tal qual uma cartilha do professor, com a síntese de como deva se comportar o mestre perante sua função.


Máximas Principais – Epicuro

EPICURO - MAXIMAS PRINCIPAIS

Este livro traz opiniões de Epicuro, transcritas por Diógenes Laércio. São quarenta aforismos que sintetizam a ética epicurista.

Considerado um filósofo grego do período helenístico, Epicuro teve uma obra tão influente que fez com que diversos e numerosos centros epicuristas fossem construídos no Egito, mais precisamente em Jônia. Seu maior divulgador foi Lucrécio, que começou a espalhar sua filosofia em Roma no século I.

No livro, há muito do pensamento dele acerca do prazer que considerava ser o único fenômeno capaz de trazer o bem estar. Por pensar desta forma, foi confundido com os hedonistas, que dizem ser o prazer o princípio e o fim de uma vida feliz. No entanto, Epicuro faz uma distinção entre o prazer passageiro e prazer estável. O primeiro seria a alegria, a felicidade. Já o segundo seria a total ausência de dor.


 Sobre a Brevidade da Vida – Sêneca

“Sobre a brevidade da vida” é a obra mais difundida do filósofo Lúcio Anneo Sêneca (4 a.C.? – 65 d.C.) e um dos textos mais conhecidos de toda a Antiguidade latina.

São cartas dirigidas a Paulino (cuja identidade é controversa), nas quais o sábio discorre sobre a natureza finita da vida humana. São desenvolvidos temas como aprendizagem, amizade, livros e a morte, e, no correr das páginas, vão sendo apresentadas maneiras de prolongar a vida e livrá-la de mil futilidades que a perturbam sem, no entanto, enriquecê-la.

Escritas há quase dois mil anos, estas cartas compõem uma leitura para todos os homens, e seriam uma forma, segundo o próprio pensador, de ajudar a avaliar o que é uma vida plenamente vivida.


Os Devaneios de um Caminhante Solitário – Jean Jacques Rousseau

Nos dois últimos anos de vida, entre 1776 e 1778, Rousseau realizou longas caminhadas por Paris e arredores, observando os passantes, a flora – uma de suas grandes paixões –, as edificações e refletindo, amargurado, sobre a sociedade.

Sentindo-se isolado pelas críticas à sua obra e às suas posições humanistas, registrou essas impressões em Os devaneios do caminhante solitário, um dos seus livros mais tocantes. Aqui a paixão inflamada dos seus primeiros escritos dá lugar ao lirismo e à serenidade, inspirando centenas de pensadores com suas considerações sobre a natureza do homem, sua individualidade e conduta.


Discurso do Método – Descartes

“O Discurso do método” é um tratado matemático e filosófico de René Descartes, publicado em Leiden, na Holanda, em 1637.

Constitui princípios de filosofia e Regras para a direção do espírito (Regulae ad directionem ingenii), a base da epistemologia do filósofo, sistema que passou a ser conhecido como cartesianismo. O Discurso propõe um modelo quase matemático para conduzir o pensamento humano.

Segundo o próprio Descartes, parte da inspiração de seu método (descrito nesse livro/tratado) deveu-se a três sonhos ocorridos na noite de 10 para 11 de novembro de 1619: nestes sonhos lhe havia ocorrido “a ideia de um método universal para encontrar a verdade”.


 

O Príncipe – Maquiavel

“O Príncipe” foi escrito por Nicolau Maquiavel em 1513, cuja primeira edição foi publicada postumamente, em 1532. Trata-se de um dos tratados políticos mais fundamentais elaborados pelo pensamento humano, e que tem papel crucial na construção do conceito de Estado como modernamente conhecemos.

No mesmo estilo do Institutio Principis Christiani de Erasmo de Roterdã: descreve as maneiras de conduzir-se nos negócios públicos internos e externos, e fundamentalmente, como conquistar e manter um principado.


O Capital – Karl Marx

“O Capital” é um conjunto de livros (sendo o primeiro de 1867) de Karl Marx que constituem uma análise do capitalismo (crítica da economia política).

Muitos consideram esta obra o marco do pensamento socialista marxista, pois nela existem muitos conceitos econômicos complexos, como mais valia, capital constante e capital variável e uma análise sobre o salário e sobre a acumulação primitiva.

Resumindo, a obra realiza uma análise crítica sobre todos os aspectos do modo de produção capitalista, incluindo também um olhar sobre a teoria do valor-trabalho de Adam Smith e de outros assuntos dos economistas clássicos.


Assim Falava Zaratustra – Nietzsche

“Assim falou Zaratustra” foi escrito entre 1883 e 1885 pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche e influenciou significativamente o mundo moderno. O livro foi escrito originalmente como três volumes separados em um período de vários anos. Depois, Nietzsche decidiu escrever outros três volumes mas apenas conseguiu terminar um, elevando o número total de volumes para quatro. Após a morte de Nietzsche, ele foi impresso em um único volume.

O livro narra as andanças e ensinamentos de um filósofo, que se autonomeou Zaratustra após a fundação do Zoroastrismo na antiga Pérsia. Para explorar muitas das ideias de Nietzsche, o livro usa uma forma poética e fictícia, frequentemente satirizando o Velho e Novo Testamento.

O centro de Zaratustra é a noção de que os seres humanos são uma forma transicional entre macacos e o que Nietzsche chamou de Übermensch, literalmente “além-do-homem”, normalmente traduzido como “super-homem”. O nome é um dos muitos trocadilhos no livro e se refere mais claramente à imagem do Sol vindo além do horizonte ao amanhecer como a simples noção de vitória.


 

 

O Ser e o Nada – Jean Paul Sartre

O francês Jean-Paul Sartre (1905- 1980) é um dos mais importantes e famosos filósofos do século XX e, por causa de seus escritos, tornou-se o principal representante do existencialismo francês.

Foi prisioneiro de guerra dos alemães, lecionou em Paris e fundou a revista Les Temps Modernes em conjunto com a também filósofa Simone de Beauvoir.

Outra peculiaridade de Sartre é que não aceitou o Prêmio Nobel de Literatura, alegando que não deveria deixar as instituições o transformarem. Só por este motivo sua bibliografia deveria ser consultada de alguma forma, mas o seu conteúdo é tão necessário para entender a idade moderna que custa a sair de sua leitura.

“O Ser e o Nada” é uma análise do ser em sua mais pura essência. O autor considera o ser em sua mais alta pureza e que neste sentido nada poderia escapar à consciência.

Para Sartre, você só sabe, se “sabe que sabe”, ou seja, se tem consciência daquele saber. Pode parecer uma prisão, pelo contrário, aí é que está o cerne da liberdade. Só que Sartre mostra a liberdade como um fardo, por isso diz que o homem está, então, condenado a ser livre.


O Segundo Sexo – Simone de Beauvoir

O Segundo Sexo (Le Deuxième Sexe em francês) é um livro escrito por Simone de Beauvoir, publicado originalmente em 1949 e uma das obras mais celebradas e importantes para o movimento feminista. O pensamento de Beauvoir analisa a situação da mulher na sociedade.

No Brasil foi publicado em dois volumes: “Fatos e mitos” é o volume 1, e faz uma reflexão sobre mitos e fatos que condicionam a situação da mulher na sociedade. “A experiência vivida” é o volume 2, e analisa a condição feminina nas esferas sexual, psicológica, social e política.

Em tempos de ódio de classe e machismo pujante na sociedade a luta feminista introduzida por muitos dos escritos de Beauvoir é de suma importância para as mulheres poderem prosseguir com a batalha e para que os homens se dispam de alguns preconceitos.


Deus e o Estado – Bakunin

Principal nome do anarquismo e uma das influências mais importantes de ateus e de pessoas que lutam pela laicidade na constituição social moderna, Bakunin ganhou relevância maior nos últimos anos tanto no Brasil quanto em outras partes do mundo por conta da falência do Estado em diversas instâncias.

“Deus e o Estado” é uma das obras literárias mais importantes publicados pelo teórico libertário russo e foi escrita nos meses de fevereiro e março de 1871.

A intenção nítida do livro e a de servir como a segunda parte de um trabalho maior que seria chamado “O Império Teuto-Germânico e a Revolução Social”, mas assim como outras obras de Bakunin, nunca foi finalizado.

Porém, inúmeras situações são bem constituídas e discutidas na obra como a relação intrínseca entre religião e Estado, questões envolvendo a teoria anarquista, o papel da ciência como substituidora da religião e a legitimidade das autoridades.


Segredos, Mentiras e Democracia – Noam Chomsky

 Segredos Mentiras e Democracia

Reconhecido inicialmente como grande linguista pela comunidade internacional, Noam Chosmky se tornou um dos maiores críticos do imperialismo americano e filósofo de importância considerável a partir do final do século XX.

Neste sentido, um bom começo para estudar este pensador contemporâneo poderia ser sua discussão sobre a gramática universal, cuja demonstração e desenvolvimento têm sido dedicados diversos estudos que partiram das idéias dele.

Mas é posterior às atividades  no campo linguístico, que Chomsky se tornou mais pesquisado por outras áreas ligadas á política e à filosofia.

Neste “Segredos, Mentiras e Democracia”, Chomsky, através de uma entrevista concedida a David Barsamian nos fins de 93 e inicio de 94 discute sobre a democracia e muitas de seus mitos por meio da análise de diversos exemplos ao redor do mundo.

“Por que é importante [para as elites] manter a população em geral sob controle?”

A resposta para essa e outras perguntas pode ser degustada pelo leitor para entender um pouco mais do que ocorre ao nosso redor e das mentiras que são contadas pelos governantes para se manter no poder e promover ainda mais a concentração de renda.