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Censura ao CQC promove recorde de buscas na internet
Do Jornal Extra:
Para quem não viu, é imperdível o vídeo do prefeito de Barueri, Rubens Furlan (PMDB), completamente transtornado diante do repórter Danilo Gentilli, do "CQC", da Band. Repórteres do programa colocaram um aparelho de GPS numa TV LCD e doaram à Secrearia municipal de Educação – cujo secretário, aliás, é irmão do prefeito -, mas o aparelho foi parar na casa de uma funcionária.
O prefeito Furlan conseguiu, na Justiça, censurar o programa, que ia ao ar na semana passada. Mas diante da repercussão negativa do caso, retirou a ação. O repórter, então, tentou ouvir explicações do prefeito, que até tentou se controlar no início, mas diante do deboche de Danilo Gentilli perdeu as estribeiras e só faltou xingar a mãe dos integrantes do programa, como mostra o vídeo abaixo.
A tentativa de censura de Furlan e sua desastrada atuação acabaram ajudando a repercutir (ainda mais) negativamente toda a história. No Google, a busca pelo termo "prefeito de Barueri" exibe notícias sobre o achincalhe antes mesmo da página da prefeitura, seguida de outras informações sobre a tentativa de censura do programa. Na Wikipédia, a enciclopédia livre, o caso também já ganhou destaque em sua biografia.
Nota do Blog:
Dhiancarlo Miranda
Lobby institucionalizado
BBC Brasil:
(Charge – Glauco)
Se depender de uma empresa americana, a figura do lobista que defende interesses de corporações nas instâncias legislativas é coisa do passado. Sob o slogan "empresa também é gente", a empresa de relações públicas Murray Hill Inc. lançou uma campanha para concorrer a uma vaga no Congresso americano, pelo Estado de Maryland.
Em tom de piada, e empresa lançou uma campanha com vídeo na internet e página no site de relacionamentos Facebook prometendo "deixar o humano em segundo ou terceiro plano".
A empresa resolveu explorar até as últimas consequências uma decisão da Suprema Corte de Justiça, que em janeiro passado reconheceu que as corporações têm tanto direito a participar de campanhas políticas como os indivíduos nos Estados Unidos.
Participação Na ocasião, a Suprema Corte decidiu em favor do grupo United Citizens, que havia questionado uma decisão da Comissão Eleitoral Federal, que em 2008 proibiu a apresentação de um filme sobre a então pré-candidata do Partido Democrata à Presidência Hillary Clinton.
Era a época das primárias e a lei (revogada em janeiro deste ano pela decisão da Suprema Corte) impedia que grupos com ou sem fins lucrativos exibissem peças consideradas "propaganda política".
O caso foi levado a várias instâncias até chegar à Suprema Corte, que determinou que o direito a liberdade de expressão, consagrado na Primeira Emenda da Constituição a todas as pessoas, físicas e jurídicas, foi violado.
A decisão gerou uma onda de críticas tanto da direita como da esquerda, inclusive do próprio presidente Barack Obama em seu discurso anual no Congresso.
Candidatura Em sua campanha, lançada no site da empresa, na internet, a Murray Hill Inc. afirma que "até agora os interesses corporativos têm sido a força por trás do Congresso (…), mas nunca podemos ter certeza absoluta de que (os congressistas) trabalharão para a gente".
"Esta é a nossa democracia. Nós a compramos. Nós a pagamos e vamos a mantê-la (…) Vote em Murray Hill Inc para o Congresso para ter a melhor democracia que o dinheiro pode comprar." Mas apesar da brecha legal, a empresa já sofre o primeiro obstáculo: a idade mínima para se candidatar a um cargo público no Estado de Maryland é 18 anos, e o candidato tem que estar registrado como eleitor.
A Murray Hill Inc. tem apenas cinco anos de vida e nesta semana, a Comissão Eleitoral de Maryland rejeitou a inscrição da empresa no registro de eleitores, porque ela "não reúne os requisitos mínimos", informou um dos advogados da comissão, Kevin Karpinski.
A Murray Hill Inc. pretendia concorrer pelo Partido Republicano porque, segundo Eric Hansel, que se apresenta como "o humano designado para representar a empresa", "sentimos que os republicanos são mais abertos à nossa plataforma de livre mercado e governo reduzido".
Para muitos, uma corporação se elegendo a um cargo público já é, por si só, um conflito de interesses, mas para Hansel, isso poderia tornar a política um espaço "mais honesto".
"Para que manter esta pantomima de um congressista com suposta livre vontade quando claramente sabemos que eles trabalham em função do financiamento de suas campanhas?", pergunta ele.
Excesso de realismo ou simples piada, o caso promete se converter em um bom debate nos meios legislativos americanos.